Drone para resgate pode voar a até 225 quilômetros por hora

Batizada de 'The Recruit', a aeronave tem um gerador a gasolina que produz energia para os quatro rotores elétricos, o que lhe dá mais autonomia e velocidade
Rafael Rigues25/09/2020 19h00, atualizada em 25/09/2020 19h16

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A companhia norte-americana Sonin Hybrid anunciou o lançamento de um drone híbrido projetado para uso por forças policiais, bombeiros e socorristas. Batizada de “The Recruit” (O Recruta), a aeronave pode voar por mais de três horas a até 225 quilômetros por hora.

O segredo para a autonomia e velocidade é o sistema de alimentação: o drone tem um gerador a gasolina, que continuamente produz energia elétrica para alimentar os quatro rotores. Por isso ele é um drone híbrido, já que usa duas fontes de energia diferentes.

O The Recruit tem corpo em fibra de carbono, câmera estabilizada com gimbal e capaz de gravar imagens em 4K a 30 fps, zoom óptico de 30x, rastreamento de alvos fixos e móveis, um sistema de visão noturna, uma lanterna com brilho de 6 mil lumens, um alto-falante que pode ser ouvido a até 5 km de distância e trem de pouso retrátil.

Reprodução

O drone pode ser programado para voar por um caminho pré-definido, de forma autônoma, ou então ser controlado remotamente. Um exemplo de uso é nas buscas por vítimas em incêndios, terremotos e outros desastres naturais.

Segundo a Sonin Hybrid, a produção do The Recruit já começou, e as primeiras unidades devem ser entregues no fim deste ano. O preço não foi informado.

Salvando vidas

O uso de drones em operações de resgate não é novidade. Graças à sua mobilidade, eles permitem às equipes de primeiros-socorros fazer rapidamente uma avaliação de um local, identificando possíveis perigos e encontrando sobreviventes.

Em outubro passado uma equipe conjunta de pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, e do Iraque desenvolveu uma nova técnica que usa as câmeras de drones para identificar à distância se uma pessoa está morta ou viva. Equipados com uma câmera e software especiais, os drones detectam sinais de vida identificando pequenos movimentos no tórax da pessoa causados pela respiração.

Técnicas anteriores, baseadas em mudanças na cor da pele ou na temperatura do corpo, são menos precisas. Câmeras térmicas, especialmente, podem ter problemas ao identificar um corpo em locais quentes, onde a diferença de temperatura em relação ao ambiente é pequena.

Fonte: New Atlas

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital