A China supostamente ativou um de seus drones espiões para vigiar um cruzador da Marinha dos EUA, o USS Antietam, que atravessou o estreito de Taiwan em 24 de julho. Além de ter enviado o drone, Beijing aparentemente enviou caças J-11 dez vezes durante o percurso de nove horas do navio norte-americano.
O Soar Dragon tem cerca de 25 metros de envergadura e uma autonomia próxima a 10 horas, e é uma resposta da China ao Global Hawk, drone de vigilância dos Estados Unidos.
O Global Hawk, que a Força Aérea dos EUA e a Marinha operam em variantes separadas, pode vigiar centenas de milhares de milhas quadradas de oceano em uma única missão, detectando e rastreando navios entre outros alvos potenciais.
Agora, de acordo com o site de notícias militares Offiziere, a China colocou o Soar Dragon em operação em três regiões estratégicas: são dois drones em Lingshui (na ilha de Hainan, perto do Mar do Sul da China), dois em Yishuntun (perto da fronteira chinesa com a Rússia) e três em Shigatse (Região Autônoma do Tibet).
O Global Hawk da América norte-americano voou pela primeira vez nos anos 90 e entrou no serviço de linha de frente em caráter de emergência imediatamente após os ataques terroristas do 11 de setembro, mas apenas recentemente a China começou operar seus drones.
Uma das maiores dificuldades chinesas é construir motores confiáveis, não apenas para os drones militares, mas para aviões de caça e helicópteros também. “Outro obstáculo provavelmente é a entrega pontual, em tempo real, de imagens fotográficas de precisão”, observou Arthur Ding, analista de Taiwan. O Pentágono possui dezenas de satélites de comunicação para ligar drones, tropas terrestres e analistas de imagens; A China tem apenas um punhado de dispositivo similares.
Além disso, são necessários quase 200 pessoas, entre pilotos especializados, pessoal de manutenção e analistas para cuidar de uma única viagem do Soar Dragon. Não há nada de não-tripulado neles”, disse o ex-chefe de inteligência da Força Aérea dos Estados Unidos, o tenente-general Dave Deptula.
Mas parece que os anos de investimento de Pequim em drones estão finalmente começando a valer a pena, se a missão do Soar Dragon contra o Antietam em julho de 2019 servir de indicação.
Fonte: The National Interest