88% dos vídeos do YouTube não atingem mil visualizações, aponta estudo

Plataforma privilegia criadores de conteúdo com grande alcance, deixando a maioria de seus usuários com baixo índice de sucesso
Redação10/08/2020 19h20, atualizada em 10/08/2020 20h40

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A Pex, ferramenta que busca músicas e vídeos de forma analítica, publicou um estudo que mostra que 88% dos usuários do YouTube não alcançam sequer 1.000 visualizações por vídeo em seus canais.

O YouTube é um dos sites que mais recebe visitas em todo o mundo; são cerca de 5 bilhões de acessos diários à plataforma espalhados pelo mundo. Com tanta aderência e uma gama incrível de opções, se torna um tanto chocante o fato de que toda essa audiência seja concentrada somente em grandes produtores de conteúdo.

Grande parte desse problema está na forma como o YouTube seleciona os vídeos de recomendação. Geralmente, esses conteúdos são sugeridos a partir das curtidas recebidas, fazendo assim com que eles apareçam nos vídeos “Em alta” e na aba de conteúdo relacionado àquilo que o usuário consome diariamente.

A plataforma vem sofrendo mudanças constantes na forma como lida com os criadores de conteúdo. Porém, é nítido que existe um domínio daqueles que já possuem uma base de fãs consolidada, dificultando, indiretamente, o caminho de quem pretende se tornar um novo youtuber.

YT.jpgPlataforma recebe bilhões de acessos diários, mas não possui uma forma eficaz de direcionar seu conteúdo para o público. Créditos: Reprodução

Além do número assustador que mostra a desvalorização de quem produz vídeos, outro dado aponta que cerca de 0,77% dos criadores de conteúdo obtém 100 mil visualizações por vídeo, mostrando que essa pequena porcentagem detém grande parte da receita da plataforma.

Sucesso na plataforma

Muito se fala da comunidade gamer, que domina todas as plataformas, sejam as redes sociais, serviços de streaming ou, clato, no YouTube também. O leque de opções é gigantesco, já que existem competições de e-Sports e conteúdo casual de milhares de jogos diariamente. Mas se engana quem acredita que essa seja a categoria mais dominante da plataforma.

A música é o que mais rende visualizações e conteúdo. Diversos artistas publicam suas canções e videoclipes todos os dias, fazendo com que a plataforma se mantenha em alta por muito tempo.

Independente de qual seja a categoria, é importante que o YouTube ofereça um serviço mais justo e encontre uma forma de balancear as recomendações, a fim de ajudar quem pretende criar conteúdo de qualidade para a comunidade.

O fim do envio de e-mails com alertas sobre novos vídeos

O envio de e-mails pelo YouTube para alertar os assinantes sobre novos uploads e transmissões ao vivo não vingou. Como muito poucas pessoas abriam a mensagem em suas caixas de entrada, este tipo de serviço será encerrado na próxima semana, mais precisamente no dia 13 de agosto.

A partir daí, o principal e único método de alerta aos assinantes do YouTube será via AndroidiOS e notificações web. Mensagens sobre a conta, anúncios de serviço obrigatórios, entre outros, continuarão a chegar por e-mail.

Segundo o YouTube, menos de 0,1% dos e-mails com os alertas eram abertos. A empresa espera que a mudança ajude “você a identificar e prestar atenção aos e-mails importantes com mais facilidade”.

Em testes realizados, o YouTube afirmou que “não viu nenhum impacto no tempo de exibição quando experimentamos desligar esses e-mails”. Na verdade, a empresa percebeu que, quando não envia os alertas, mais pessoas se envolvem com notificações push móveis e seu feed de inscrições.

Fonte: 9to5Google

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital