Em um movimento sem precedentes na política norte-americana, um grupo de tuiteiros processou o presidente do país, Donald Trump, porque ele os bloqueou na rede social.
A ação foi aberta ontem pelo Knight First Amendment Institute, da Columbia University, em nome de sete pessoas virtualmente caladas pela conta @realDonaldTrump. De acordo com a visão do grupo, a ação de Trump constitui uma violação da Primeira Emenda da Constituição americana — a que garante liberdade de expressão.
“A conta do presidente Trump no Twitter se tornou uma importante fonte de notícias e informações sobre o governo, e um importante fórum para discursos por, para ou sobre o presidente”, afirmou, em nota, o diretor-executivo do instituto, Jameel Jaffer.
Os tuiteiros chamam a atenção para o fato de que a própria equipe de comunicação da Presidência tem afirmado que tweets partindo do @realDonaldTrump são declarações oficiais. Além disso, a Suprema Corte do país observou, no mês passado, que redes sociais oferecem “talvez os mecanismos mais poderosos disponíveis para um cidadão particular fazer sua voz ser ouvida”.
“A Casa Branca está transformando um fórum público em uma câmara de eco”, acrescentou Katie Fallow, advogada sênior do instituto. “Suas ações violam os direitos das pessoas que foram bloqueadas e os direitos dos que não foram bloqueados, mas que agora participam de um fórum que tem sido higienizado de dissidentes.”