Domínio do Megaupload controlado pelo FBI exibe anúncios ‘adultos’

Renato Santino26/08/2016 23h10

20160418102946

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Desde que o Megaupload foi fechado por uma operação policial no início de 2012, todos os domínios ligados ao serviço passaram a ser controlados pelo FBI. Este fato torna mais curioso um novo desenvolvimento no caso: um dos domínios confiscados pela agência do governo americano agora está repleto de anúncios pornográficos.

O domínio em questão é o Megaupload.org (não vamos linkar, mas se você quiser entrar por conta própria, fique ciente de que não é recomendável abrir o link no trabalho). O endereço era usado para redirecionar para um domínio do FBI, mas agora foi dominado por publicidade prometendo “sexo casual”, “chat adulto com câmera” e “câmeras de sexo ao vivo”, com imagens de mulheres seminuas cercando os anúncios.

Ao que tudo indica, o problema é muito similar a outro que aconteceu no ano passado com o domínio principal, o Megaupload.com. Na ocasião, o FBI usou o domínio cirfu.net como name server para redirecionar o tráfego dos sites que haviam sido confiscados. Então, aparentemente, a agência esqueceu de renovar o domínio, permitindo que outras pessoas o adquirissem para fins escusos.

Como nota o Ars Technica, o domínio Megaupload.org usa os name servers ns5.cirfu.net e ns6.cirfu.net, e é bem possível que eles também tenham expirado e sido comprados por outras pessoas mal-intencionadas novamente.

Não se sabe, no entanto, desde quando o endereço está assim. A mudança foi percebida nesta sexta-feira, 26, pelo site TorrentFreak, mas não se sabe se antes disso ela já estava em vigor.

Em relação ao processo contra o fundador do Megaupload, Kim Dotcom ainda luta para não ser extraditado da Nova Zelândia, o país em que reside, para os Estados Unidos. Ele reclama que nunca sequer pisou em território americano, nem abriu uma empresa no país, e, portanto, não poderia responder a um processo por pirataria lá, mas a discussão está se prolongando há anos.

Via Ars Technica

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital