Do tamanho de uma moeda, robô de Harvard é o mais rápido do mundo

O HAMR-JR é uma versão reduzida de outro micro robô, mas que - apesar do tamanho - conta com as mesmas funcionalidades
Renato Mota04/06/2020 17h47

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O que já era pequeno, ficou menor ainda. Em 2018, a Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas da Universidade de Harvard criou o Harvard Ambulatory Microrobot (HAMR), um robô de apenas 1,5 gramas que pode correr em alta velocidade, pular, escalar, girar bruscamente, cair de grandes distâncias sem se machucar. Dois anos depois, os pesquisadores apresentam o HAMR-JR, tão capaz quanto seu antecessor, mas com o tamanho de uma moeda.

“A maioria dos robôs nessa escala é bem simples e apenas demonstra mobilidade básica”, explica Kaushik Jayaram, um dos criadores do micro robô.  O HAMR-JR JR tem 2,25 centímetros de comprimento e pesa cerca de 0,3 gramas, mas consegue se mover a velocidades acima de 30 cm/s – o que o torna um dos menores e mais rápidos micro robôs já feitos.

Vídeo com uma desaceleração de 20 vezes mostra como o HAMR-JR cobre curtas distâncias rapidamente. Imagem: Kaushik Jayaram/Harvard SEAS

O desenvolvimento do HAMR-JR fez parte de um exercício experimental para avaliar se o processo de fabricação usado para criar versões anteriores do robô poderia ser usado para criar cópias em várias escalas – de pequenos robôs cirúrgicos a grandes robôs industriais.

A técnica PC-MEMS (abreviação de “printed circuit microelectromechanical systems”, ou sistemas micro eletromecânicos de circuito impresso) é um processo de fabricação no qual os componentes do robô são gravados em uma folha 2D e, em seguida, destacados para montar uma estrutura 3D.

Para construir o HAMR-JR, os pesquisadores simplesmente reduziram o design da folha robô original – bem com os circuitos integrados.  O resultado foi um robô menor com as mesmas funcionalidades. “A parte maravilhosa desse exercício é que não tivemos que mudar nada do design anterior”, lembra Jayaram. “Provamos que esse processo pode ser aplicado a basicamente qualquer dispositivo em vários tamanhos”, completa.

Via: Harvard SEAS

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital