Um pequeno dispositivo, do tamanho de um selo, criado por pesquisadores da Universidade de Stanford pode ajudar a transformar água poluída em potável. O aparelho usa energia solar para reduzir a contaminação por bactérias em mais de 99% na água, conforme o artigo publicado na revista Nature nesta semana.
Já existem métodos eficientes para desinfetar a água sem depender de dispositivos rebuscados, mas eles também trazem problemas. Ferver a água, por exemplo, pode matar germes, mas consome combustível fóssil, o que nem sempre está disponível. Outro método é colocar a água em garrafas de plástico transparentes e deixar a radiação ultravioleta matar os germes, mas esta prática leva 48 horas e não é totalmente eficiente.
O pesquisador Yi Cui criou, junto de sua equipe, o dispositivo em questão usando o dispositivo com uma nanoestrutura arranjada de forma a se assemelhar a uma impressão digital feita de cobre, com um composto químico fotocatalítico chamado dissulfeto de molibdênio. Ao ser atingido pela luz solar, estas estruturas liberam peróxido de hidrogênio e outros produtos que destroem as bactérias e se dissolvem na água.
Cui explica que em seus experimentos, o aparelhinho matou 99,9999% das bactérias na água em 20 minutos de exposição à luz solar. No entanto, ele observa que ainda são necessários mais testes e pesquisas, já que o primeiro teste só foi executado em uma quantidade pequena de água e com apenas três tipos de bactérias, enquanto em um teste no mundo real haveria muito mais contaminantes.