De olho nas eleições dos EUA, TikTok proíbe ‘deepfakes’ na plataforma

Empresa garante que está trabalhando para ajudar a combater a 'ameaça de influência estrangeira' nas eleições norte-americanas de 2020
Renato Mota05/08/2020 21h38

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Com seu futuro nos Estados Unidos ainda incerto, o TikTok já está tomando cuidados de olho nas eleições presidenciais marcadas para novembro. Em uma atualização das suas Diretrizes da Comunidade, a rede social estabeleceu novas regras focadas em ajudar a manter o conteúdo enganoso fora da plataforma.

Entre o conteúdo que não será mais permitido no aplicativo estão imagens que fazem uso de “deepfakes” (que a empresa chama de “falsificações digitais”), informações enganosas tanto sobre eleições ou outros processos cívicos, quanto relacionadas a emergências que induzem pânico à comunidade ou médicas que causem danos à saúde física de um indivíduo.

O TikTok ainda incluiu no app a opção de relatar informações falsas sobre as eleições. A empresa afirma que trabalhou com especialistas, incluindo a Força-Tarefa de Combate à Influência Estrangeira (CFITF), administrada pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA, para “ajudar a combater a ameaça de influência estrangeira nas eleições”.

“Embora o TikTok não seja o aplicativo ideal para acompanhar notícias ou política, nosso foco é apoiar nossos usuários com informações educacionais e autorizadas sobre importantes questões públicas”, afirma a gerente da empresa para o mercado norte-americano, Vanessa Pappas.

Uma medida que visa combater a “influência estrangeira” pode soar controversa, uma vez que a empresa está sendo acusada pelo presidente Donald Trump justamente do inverso: alimentar o governo chinês com dados dos usuários dos EUA. A plataforma, porém, afirma que trabalhará com a CFITF compartilhando “informações sobre possíveis campanhas de desinformação em todo o setor”.

Parcerias também foram estabelecidas com empresas de verificação de fatos, como a PolitiFact e a Lead Stories, para verificar possíveis desinformações relacionadas às eleições de 2020 nos EUA. “A checagem de fatos ajuda a confirmar que removemos desinformação verificada e reduzimos erros no processo de moderação de conteúdo. Estamos construindo nossas parcerias atuais com essas organizações que já cobrem informações erradas relacionadas à Covid-19, mudanças climáticas e muito mais”.

Via: TechCrunch

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital