Dark Web: França prende um dos pedófilos mais procurados do mundo

Homem de 40 anos acusado de administrar portais de pornografia infantil na internet obscura é casado, pai de família e tinha um emprego estável
Fabiana Rolfini14/07/2020 14h39, atualizada em 14/07/2020 14h45

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A justiça francesa anunciou na segunda-feira (13) a prisão de um dos pedófilos mais procurados do mundo, acusado de administrar portais de pornografia infantil na dark web. Procurado há anos, o francês de 40 anos foi encontrado em sua própria casa, em uma zona rural próxima à cidade de Bordeaux.

O homem foi preso em 7 de julho, segundo um comunicado do Ministério Público da cidade. Sua detenção foi realizada por equipes da polícia francesa em colaboração com a Europol, que dispõe de um serviço especializado na luta contra as redes de pornografia infantil internacional na internet obscura.

O francês é acusado de “difusão organizada” e de “detenção e gravação” de imagens de pornografia infantil, assim como de “estupros incestuosos cometidos contra um menor por um ascendente” e “agressões sexuais incestuosas contra um menor de 15 anos por um ascendente”. Ao ser detido, ele reconheceu as acusações e foi colocado em prisão preventiva.

O que mais surpreendeu as autoridades, no entanto, foi o perfil do suspeito: casado, pai de família e com um emprego estável, ele trabalhava em uma repartição pública local. Como disse Eric Bérot, chefe de serviço de pressão à violência (OCRVP na sigla em francês), divisão da polícia que o procurava desde 2014, ele “podia ser qualquer um”.

Dark Web em tempo de pandemia

Na Dark Web, onde domínios e sites não são indexados, muitos deles abrigam práticas ilegais e criminosas. E a pandemia do novo coronavírus não ficou de fora.

Vendedores estão comercializando o que dizem serem tratamentos para a Covid-19, como hidroxicloroquina e remdesivir, além de testes para diagnóstico da doença. O principal produto relacionado ao coronavírus que é vendido na dark web é a hidroxicloroquina, medicamento que foi recomendado pelos presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro, apesar de estudos apontarem a ineficácia das drogas no tratamento da doença.

Profissionais da área da saúde ressaltam que não é recomendado consumir o medicamento sem a orientação e acompanhamento médico. “O motivo de algo ser um medicamento sem receita é que ele só é seguro quando tomado por um motivo específico, em uma dose específica. Tomar medicamentos por outros motivos em quantidades imprevisíveis pode levar a consequências não intencionais”, destacou Piter Gohen, professor de medicina em Harvard.

Reprodução

Vendedores comercializam hidroxicloroquina na Dark Web. Foto: John Locher/AP

Via: Uol

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital