Cristais de diamante podem ser a solução para smartphones dobráveis

Aplicado em camadas finíssimas sobre vidro ou plástico, material pode ser a solução para aumentar a durabilidade de dispositivos dobráveis
Rafael Rigues17/01/2020 18h53

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Um dos principais problemas com a atual safra de smartphones dobráveis são as telas. Feitas de material plástico, elas são excepcionalmente frágeis, ao ponto de a Samsung incluir no Galaxy Fold instruções especiais orientando os usuários a não aplicar películas, não pressionar a tela com as unhas ou não tocá-la com muita força, para evitar danos.

Mas uma empresa norte-americana chamada Akhan Technologies acredita ter a solução para este problema: diamantes. Seu “Miraj Diamond Glass” é composto por uma base de vidro flexível ou plástico, coberta por uma finíssima camada de diamantes nanocristalinos com espessura de apenas 100 nanômetros, 10 mil vezes mais fina que um fio de cabelo humano.

Resistente a riscos, já que é um dos materiais mais duros da Terra, o diamante também é um excelente dissipador de calor. Segundo Adam Khan, fundador da Akhan Technologies, seu material também repele água e óleos, evitando a necessidade de aplicação de uma camada “oleofóbica” para que a tela não acumule marcas de impressões digitais.

Reprodução

Galaxy Fold vem com instruções especiais para cuidado com a tela. Foto: The Verge

Khan afirma que seu produto não custará mais do que o tradicional Gorilla Glass, o que pode colocar sua empresa em uma posição vantajosa em relação à Corning. O problema é colocar o produto no mercado: em um artigo na CNet a jornalista Jessica Dolcourt lembra que já encontrou o executivo para conversar sobre o produto três vezes durante a CES.

No início de 2017 ele garantiu que produtos com o Miraj Diamond Glass estariam no mercado no final do ano. Em 2018 a data havia mudado para o “final de 2019” com parceria com um grande fabricante. A nova data? 2021.

Só há um problema: embora consiga fazer painéis flexíveis, a Akhan ainda não domina a tecnologia de painéis dobráveis. Isso está previsto para uma “próxima geração” do produto, o que dá tempo para que os concorrentes à base de vidro, como o Willow Glass da Corning, a alcancem. Qual material será o vencedor? Só o tempo dirá.

Fonte: CNet

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital