Os criadores da internet se uniram a uma nova geração de hackers, ativistas e arquivistas para tornar a web mais resistente ao tempo, mais segura e menos vulnerável à censura. “Eu estou preocupado com a chegada de uma idade das trevas digitais”, explica Vint Cerf, criador dos protocolos que os servidores de internet usam para se comunicar.
Atualmente, se alguém tentar ler as informações contidas em um disquete antigo, as chances de ter problemas para recuperar esses dados, considerando que os computadores de hoje não possuem unidades de disco compatíveis, é grande. Cerf tem a mesma preocupação com os dados da internet. À medida que os navegadores continuam a evoluir, pode ser que os sites atuais não sejam legíveis para gerações futuras.
O grupo está trabalhando na criação de um sistema capaz de armazenar todos os bits da web e dados de aplicativos, tornando a internet uma espécie de biblioteca – em vez do papel, backups armazenados em computadores.
O projeto
A ideia se baseia, fundamentalmente, no Interplanetary File System (IFPS), um sistema que armazena “recortes instantâneos” dos sites em uma rede específica, garantindo sua integridade. O grande obstáculo, nesse caso, é o fato de que muitos usuários têm que concordar em executar o software para capturar as telas.
Pensando nisso, a equipe criou uma versão JavaScript que roda nos navegadores, eliminando a necessidade de baixar o programa. No entanto, elas ainda devem concordar em fornecer as informações.
Segundo os envolvidos no projeto, o maior obstáculo é convencer as pessoas de que isso é importante. Atualmente, muita gente passa a maior parte do tempo em plataformas fechadas, como o Facebook e o Snapchat. Assim, muito do que as pessoas produzem permanece “fechado”.
Via Wired e BusinessInsider