Criadora do Slack denuncia Microsoft por prática anticompetitiva

Empresa é acusada de tentar tomar uma fatia do mercado de maneira desleal ao adicionar o Microsoft Teams ao pacote Office
Da Redação24/07/2020 13h49, atualizada em 27/07/2020 17h20

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A Slack Technologies, que é responsável pelo aplicativo Slack, mensageiro voltado ao mundo corporativo com diversas funções, registrou uma denúncia contra a Microsoft por práticas anticompetitivas. A denúncia foi feita por causa do aplicativo Microsoft Teams, que é muito similiar ao Slack, e que foi adicionado ao pacote Office, disponibilizado pela empresa no Windows.

Segundo a Slack Technologies, a adição do Microsoft Teams ao office causa uma concorrência desleal, por já vir incluído em um ecossistema já consolidado no mercado. Além disso, por ser impossível sua remoção do sistema, o usuário acabaria optando por usá-lo. A denúncia foi registrada na Comissão Europeia, que tem o objetivo de gerir a concorrência de mercado.

A denúncia diz que a ação da Microsoft “força a instalação dele (Microsoft Teams) a milhões, bloqueia a sua remoção e esconde o verdadeiro custo aos consumidores empresariais”.

Para Jonathan Prince, vice-presidente de comunicações e políticas da Slack, a Microsoft não pode impor a ferramenta deles a ninguém. “Estamos confiantes de que ganhamos com o mérito de nosso produto, mas não podemos ignorar o comportamento ilegal que priva os clientes do acesso às ferramentas e soluções que eles desejam”, disse.

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Microsoft Teams surgiu após o sucesso do Slack. Imagem: Reprodução

Internet Explorer

A Slack usa como base para a denúncia o fato de que a Microsoft já tomou medidas parecidas no passado, só que com o seu navegador, o Internet Explorer, quando o instalou previamente no sistema Windows e não possibilitou a sua remoção.

Para Jonathan Prince, “a Microsoft está voltando ao comportamento passado. Eles criaram um produto imitador fraco e o vincularam ao produto dominante do Office (se referindo ao Microsoft Teams), forçaram a instalação e o bloqueio de sua remoção, uma cópia parecida de seu comportamento ilegal durante a guerra dos navegadore”, afirmou.

Até o momento, a Microsoft não se pronunciou sobre o caso. A União Europeia costuma aplicar multas pesadas para este tipo de ato. Em 2008, eles obrigaram a empresa a pagar US$ 1,35 bilhão (quase R$ 8 bilhões) por práticas anticompetitivas.

Fonte: Engadget


Colaboração para o Olhar Digital

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