Aos 91 anos, o engenheiro norte-americano Russell Kirsch, responsável pela primeira fotografia digital do mundo, morreu em sua casa, na última segunda-feira (11), em Oregon, nos Estados Unidos. O cientista da computação é conhecido como o “inventor do pixel” e criador da primeira imagem digital da história. 

Em 1957, quando criou uma pequena imagem digital em preto e branco do seu filho, os tais “pontos digitais” usados para reproduzir uma imagem em telas não eram uma inovação tão óbvia. Nascia então o pixel. 

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A pequena foto digital de 2 por 2 polegadas foi uma das primeiras imagens digitalizadas em um computador. O feito foi realizado por um dispositivo criado pela equipe de pesquisa de Kirsch no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos EUA.

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Russell Kirsch com a imagem digitalizada de seu filho, Walden, em 1957 | Foto: Jamie Francis / The Oregonian via AP, Arquivo

Um artigo publicado pela Science News sobre Kirsch em 2010 diz que o trabalho do engenheiro “lançou as bases para imagens de satélite, tomografias, realidade virtual e até o Facebook”. De acordo com a publicação, essa primeira imagem quadrada tinha apenas 176 pixels de lado – 31.000 pixels no total. Atualmente, a câmera do iPhone 11, por exemplo, é capaz de capturar cerca de 12 milhões de pixels por imagem.

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Apesar de todo avanço tecnológico e inclusive das imagens digitais, a indústria aceitou o formato “quadrado” do pixel criado por Kirsch. “Os quadrados eram a coisa lógica a fazer”, disse Kirsch à revista em 2010. “Claro, a coisa lógica não era a única possibilidade; mas usamos quadrados”. Ainda assim, anos mais tarde, o cientista da computação desenvolveu um método para suavizar imagens usando pixels com formas variáveis.

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A primeira imagem digital criada por Russel Kirsch, em 1957 | Foto: reprodução

Nascido em Nova York, em 1929, Russell Kirsch era filho de imigrantes judeus da Rússia e da Hungria. Ele estudou na Bronx High School of Science, na New York University, em Harvard e no MIT; trabalhou por cinco décadas como cientista pesquisador no U.S. National Bureau of Standards.

Fonte: Associated Press