CPI das Fake News enviará para perícia contas suspeitas de disparos em massa

A comissão que investiga a disseminação de informações falsas pelo WhatsApp durante as Eleições 2018 quer identificar os donos dos números responsáveis pela maior parte dos envios
Renato Mota21/01/2020 18h32

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News irá encaminhar para a perícia da Polícia Federal a relação com os números das principais contas responsáveis por disparos em passa no WhatsApp durante as Eleições 2018.

A relação veio de uma análise das 400 mil linhas que foram banidas do aplicativo por uso irregular nas semanas que antecederam as eleições – sendo 55 mil delas suspeitas de serem operadas por robôs. Apesar do número alto, apenas 24 linhas respondiam pela maior parte das mensagens disparadas em massa.

Os parlamentares querem identificar os responsáveis pelos disparos e intimá-los a prestar depoimentos. “Teremos que exigir a quebra de sigilo dessas contas, e em princípio isso spo pode ser feito com autorização da própria CPI. Com o fim do recesso e a volta dos trabalhos, poderemos colocar isso em votação”, explicou a relatora da comissão, a deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA), em entrevista à TV Câmara.

O levantamento foi feito a partir de documentos que o próprio WhatsApp enviou à comissão de inquérito, no fim do ano passado. As linhas telefônicas possuem números dos Estados Unidos, Vietnã, Inglaterra e Brasil, mas a checagem dos IPs usados para envio indicam que todas as mensagens foram disparadas do Brasil. Três desses números ainda possuem contas ativas na plataforma.

As contas brasileiras possuem DDD de São Paulo, Santos (SP), Belo Horizonte, Florianópolis, Maceió e Caldas Novas (GO), e eram usadas a partir de duas localizações na capital paulista e em Manaus. O relatório ainda informa detalhes dos aparelhos que usaram as contas, como por exemplo que seis deles rodavam Android 4, e que todos usavam a mesma versão do WhatsApp.

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital