Uber, 99 e Cabify são os três serviços de transporte por aplicativo mais populares do Brasil, e eles também foram afetados pela paralisação de caminhoneiros que começou na semana passada em todo o Brasil.
Os três serviços usam um método de precificação chamado “tarifa dinâmica”, que muda o valor das corridas de acordo com as condições de cada região. Em locais onde há muida demanda e pouca oferta de carros, a tarifa fica mais cara, por exemplo.
Pois a falta de combustíveis em postos de abastecimento, que não têm recebido o produto graças aos transportadores que seguem parados nas estradas, também tem feito com que a tarifa dinâmica leve os preços das corridas para o alto.
A Uber disse em nota encaminhada à agência de notícias Reuters que “acompanha com atenção as notícias sobre a crise de abastecimento no país” e que está “em contato permanente com os parceiros e usuários para prestar o suporte que for possível”. A empresa só não quis comentar os preços altos.
A concorrente Cabify, por sua vez, admitiu que o preço mínimo das corridas teve que ser ajustado em algumas cidades. A empresa disse em nota que “entende que o aumento nos preços dos combustíveis pode impactar diretamente no ganho dos motoristas parceiros, comprometendo consideravelmente seus gastos com a prestação de serviço”.
Ainda assim, a Cabify afirma que está estudando formas de diminuir esse impacto no custo final das viagens cobradas dos passageiros. Por fim, a 99, que, além de carros particulares, também forrnece serviço de táxi por aplicativo, adotou uma estratégia um pouco diferente.
Os preços das corridas de 99 subiram, mas a empresa diz ter estipulado um teto para que a tarifa dinâmica não passe dos limites. “Com a iniciativa, esperamos equilibrar a oferta e a demanda de carros particulares (Pop) sem incorrer em preços atípicos”, disse a companhia em nota à Reuters.
A 99 também afirma que está mantendo contato com motoristas parceiros através de um esquema de plantão, criado na última sexta-feira, 25, para ajudá-los a encontrar postos de abastecimento onde ainda haja combustível e informar sobre as condições do trânsito.