Conversamos com o brasileiro que ‘ressuscitou’ o Orkut

Redação13/07/2017 15h58, atualizada em 13/07/2017 16h13

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Diversos sites, inclusive o Olhar Digital, divulgaram ontem o “ressurgimento” de um velho conhecido dos brasileiros: o Orkut. A rede social desativada pelo Google em 2014 voltou à vida em um novo endereço, orkut.li, e com o mesmo visual clássico.

Acontece que não se trata do mesmo Orkut de antes, mas de uma réplica, feita cuidadosamente pelo paulistano Murillo Fagá, de 23 anos. Desenvolvedor de software, ele contou em entrevista exclusiva ao Olhar Digital que o novo Orkut foi fruto de um projeto pessoal.

“Eu comecei a criar ele já faz umas duas semanas, por hobby”, diz Fagá. “A princípio, eu só ia divulgar para alguns amigos e brincar. Mas ontem isso saiu de controle e acabou tomando uma proporção muito grande.”

Ao acessar o novo Orkut por alguns navegadores, como o Chrome e o Safari, usuários relataram o surgimento de um alerta de que o site poderia ser uma tentativa de phishing. Fagá, porém, garante que não há qualquer esquema fraudulento por trás do projeto.

Reprodução

“Todo mundo deve tomar cuidado com as informações que colocam em sites e aplicativos”, diz o desenvolvedor. “Mas a maioria [dos sites que reportaram a notícia] não entrou em contato para ver sobre o que se tratava. Acabou tendo uma repercussão muito negativa.”

O novo Orkut é uma réplica quase idêntica à original, incluindo páginas de comunidades, amigos, recados, depoimentos e descrições de perfil como “quem sou eu” e “interesses”. Fagá conta que fez tudo isso apenas tendo como base imagens, capturas de tela e vídeos antigos na internet, e que, por isso, nem tudo é exatamente igual ao que se via na rede social original.

O domínio orkut.li foi registrado pela primeira vez em 2006, mas o desenvolvedor só o comprou no último dia 29 de junho. Ele diz que pretende continuar trabalhando no site nas horas vagas, com o objetivo de construir uma cópia idêntica à original.

“O objetivo era apenas relembrar uma rede social que marcou a vida de muitas pessoas e brincar um pouco com isso”, diz. Mas se o Google pedir que o site seja tirado do ar, Fagá afirma que fará isso “sem problema algum”. “Mesmo que eu tire ele do ar, vai ser um bom site para entrar no meu portfólio.”

Com colaboração de Luana Escardovelli

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital