Conheça os principais celulares que devem chegar ao mercado em breve

Renato Santino01/03/2017 18h17, atualizada em 01/03/2017 18h20

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Com a revolução da tecnologia móvel cada vez mais deixando de ser uma revolução e se transformando na realidade, a MWC, com foco em mobilidade, tem ganhado o trono de principal feira de tecnologia do mundo, destronando a tradicional CES e recebendo os principais lançamentos do mercado.

Em 2017, presenciamos mais um capítulo de empresas reservando seus principais anúncios do ano para a MWC. A grande exceção, no entanto, foi a Samsung, que atrasou a revelação do Galaxy S8 para outra ocasião em decorrência do desastre do Galaxy Note 7.

A seguir estão alguns dos lançamentos mais importantes do evento:

Nokia 3310, o tijolinho de volta

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A Nokia não tem mais nenhum vínculo com a Microsoft, o que deu à companhia a chance de finalmente voltar a lançar celulares com sua marca. A empresa decidiu usar a oportunidade para relançar um clássico que não tem nada a ver com smartphones.

O novo Nokia 3310 tem algumas semelhanças com o antigo modelo, que carrega a fama de ser indestrutível e ter bateria infinita. Apesar de ser um aparelho que poucas pessoas devem usar como celular principal na era dos smartphones, o modelo chamou a atenção de muitos que gostariam de ter um telefone reserva para situações específicas. Também não havia forma mais direta de afirmar ao mundo que “a antiga Nokia está de volta” do que relançar um dos celulares que alçou a companhia ao sucesso.

A diferença do novo e do velho está no fato de que o modelo de 2017 tem um corpo aparentemente mais esbelto, uma tela colorida e uma câmera bastante simples. Tudo isso por um valor equivalente a R$ 200.

A Nokia finalmente abraça o Android

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Ok, a volta do 3310 foi legal, mas não é isso que as pessoas esperavam da finlandesa. A empresa sempre atraiu atenção pela qualidade do hardware que produzia, que era limitado pelo fato de que pouquíssimas pessoas aceitaram o Windows Phone em suas vidas. O que as pessoas realmente esperavam era um Nokia com Android.

O que a empresa fez foi não apenas abraçar o sistema do Google, ela ainda fez questão de manter o Android puro, como ele foi projetado para ser usado. A Nokia também se comprometeu a seguir a orientação de atualizar mensalmente o sistema operacional com os updates de segurança do Google.

Foram três celulares distintos:

O Nokia 6 havia sido anunciado anteriormente, mas só para a China, e agora será vendido em outros países numa versão um pouco diferente. O smartphone tem uma tela Full HD de 5,5 polegadas, 3 GB de RAM, 32 GB de memória interna, processador intermediário Snapdragon 430, câmeras de 8 MP e 16 MP (frontal e traseira, respectivamente). O modelo ganhou também uma variação chamada de Arte Black. A edição limitada virá um pouco mais potente, com 64 GB de memória interna e 4 GB de RAM. O Nokia 6 “normal” foi anunciado por 229 euros (equivalente a R$ 754, em conversão direta), enquanto o Nokia 6 Arte Black sai por 299 euros (R$ 985).

Já o Nokia 5 é mais modesto, o modelo tem uma tela de 5,2 polegadas, 2 GB de RAM, 16 GB de memória interna e o mesmo processador do Nokia 6, um Snapdragon 430. A principal diferença fica no design: embora os dois sejam feitos em alumínio, o Nokia 5 tem bordas curvas semelhantes às de um iPhone. Ele ainda tem câmeras de 8 MP e 16 MP (respectivamente, frontal e traseira). O aparelho também chega ao mercado global no segundo trimestre, custando 189 euros, equivalente a cerca de R$ 620, em conversão direta.

Por fim, o Nokia 3 é o modelo mais básico e econômico de todos. Por baixo da tela de 5 polegadas há 2 GB de RAM, 16 GB de memória interna e um processador MTK 6737 de quatro núcleos. Em termos de design, o aparelho usa alumínio apenas nas bordas, enquanto a parte traseira é feita em policarbonato. As duas câmeras do Nokia 3 têm 8 MP de resolução, enquanto o sistema operacional mantém o Android puro dos outros dois celulares. O preço reflete as especificações: 139 euros, equivalente a menos de R$ 460, em conversão direta.

O G6 pode finalmente transformar os tops de linha da LG em sucesso?

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A LG lançou alguns bons smartphones tops de linha nos últimos anos, mas eles nunca foram um grande sucesso comercial. Para ser bem justo, esse problema não é exclusividade da LG: as únicas empresas que realmente fazem dinheiro com celulares são Apple e Samsung. No entanto, o G6 talvez seja a melhor chance da LG em mudar o panorama.

Sua tela tem 5,7 polegadas com resolução 2.880 x 1.440 em proporções 18:9, o que a faz ser um pouco mais larga do que as tradicionais telas de 16:9 dos celulares do mercado. A distribuição, porém, torna o G6 um aparelho ideal para funções multitarefas, já que essa proporção divide a área de exibição em dois quadrados. A empresa também manteve as três câmeras (duas atrás, uma na frente) que fizeram do G5 um bom celular para fotografar. Na traseira, são dois sensores de 13 MP, um deles associado a uma lente normal, com abertura f/1.8 e ângulo de captura de 71°, e outro a uma lente grande angular, com f/2.4 e 125°. Na frente está uma câmera de 5 megapixels e abertura de f/2.2.

Fora isso, o aparelho possui um processador Snapdragon 821 e 4 GB de RAM, que devem garantir uma performance bastante adequada ao aparelho. A bateria do smartphone, com 3.300 mAh, também promete uma boa duração.

A nova geração do Moto G, o queridinho do Brasil

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Poucas empresas entenderam tão bem o que o mercado brasileiro precisava quanto a Motorola. O Moto G tem sido um sucesso de vendas há quatro anos, e o quinto ano também começa promissor com o G5 e o G5 Plus, que ficaram mais refinados. Vamos torcer, no entanto, para que esse refinamento não se traduza em um aumento de preço.

O Moto G5 tem uma tela de 5 polegadas Full HD e processador Snapdragon 430, enquanto o G5 Plus tem uma tela de 5,5 polegadas e processador Snapdragon 625 (o mesmo do Moto Z Play). Os dois têm corpos produzidos em alumínio com poucas diferenças de design além do tamanho. A câmera principal do Moto G5 é de 13 MP e abertura de f/2.0, incluindo foco automático com detecção de fase. Já o Moto G5 Plus tem uma câmera principal de 12 MP e abertura de f/1.7, com um sistema chamado Dual Autofocus Pixels, que registra detalhes na imagem mais rapidamente. Ambos usam câmeras frontais de 5 MP.

A quantidade de memória RAM ainda é um mistério. A Lenovo disse que os modelos podem variar entre 2 GB e 4 GB de memória dependendo de cada mercado, então não se sabe exatamente qual será a versão lançada por aqui.

O leitor de impressões digitais inaugurado no Moto G4 Plus volta no Moto G5 e também no G5 Plus. Dessa vez, o sensor é arredondado e tem mais funções além de desbloquear o celular: é possível utilizar gestos como botões de navegação, substituindo os que ficam fixos na tela.

Novos Xperias para tentar recuperar a marca

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A Sony também anunciou uma leva nova de celulares Xperias. Foram quatro deles: o Xperia XZ Premium, o XZs, o XA1 e o XA1 Ultra.

O XZ Premium, como o nome sugere, é o top de linha da Sony e se destaca por sua câmera. São 19 megapixels na lente traseira, com resolução de vídeo 4K e a possibilidade de gravação em câmera superlenta sem perda de qualidade. Segundo a empresa, a tecnologia usada no dispositivo oferece uma velocidade até quatro vezes menor do que a dos concorrentes, capturando até 960 frames por segundo. A câmera frontal possui 13 megapixels e a bateria é de 3.230 mAh. O aparelho ainda tem tela de 5,5 polegadas com resolução 4K e processador Snapdragon 835, e ele é mais fino do que o anterior.

O Xperia XZs é uma variação do XZ Premium menor e com algumas especificações reduzidas. Ele tem tela Full HD de 5,2 polegadas, processador Snapdragon 820, oferece a possibilidade de gravação em câmera lenta e 4K, 4 GB de RAM e bateria de 2.900 mAh.

Enquanto isso, os aparelhos XA1 são uma atualização da linha XA do ano passado. Tanto o XA1 quanto o XA1 Ultra têm características similares, mas se diferenciam em tamanho de tela (5 polegadas no XA1 e 6 polegadas no XA1 Ultra) e memória RAM (3 GB na versão menor, 4 GB no maior). Os aparelhos usam um processador Helio P20, da MediaTek, com quatro núcleos de processamento.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital