A empresa russa Thngs tem um projeto ambicioso: quer se tornar algo parecido com uma Wikipédia de objetos físicos. A ideia é criar um repositório digital que inclua imagens de alta qualidade e descrições desses objetos. Essa é uma maneira de garantir que eles não sejam perdidos no futuro.
“O Thngs é um lugar para coletar e compartilhar informações sobre objetos físicos. Tornamos mais fácil e confortável descobrir, compartilhar e salvar informações sobre as coisas”, explicou Dima Dewinn, CEO e cofundador da companhia, ao TechCrunch.
Completamente sem fundos, a empresa tentou captar recursos, mas não obteve sucesso. “Encontramos investidores russos, mas fomos informados de que não há maneiras de criar um serviço tão complexo (…). Alguns fundos nos disseram que o serviço é ótimo, mas sugeriram que teremos que estar nos Estados Unidos para conseguir desenvolvê-lo”, conta Dewinn.
A Thngs, no entanto, encontrou uma maneira de ganhar dinheiro. Os executivos descobriram que os museus precisam do serviço que eles oferecem: a digitalização de coleções e uma ferramenta que permita “explicar” e comunicar o conteúdo ao seu público. Assim, foram assinados dois contratos com museus russos, o Museu Politécnico e o Moscow Design Museum.
As imagens são reproduzidas em alta qualidade e em 360 graus. A empresa deve, em breve, lançar um aplicativo com a Getty Images que permite aos clientes – museus, galerias e colecionadores – vender suas imagens em 360 graus e 3D.
“A preservação física de todas as coisas não é possível, mas podemos preservar as informações sobre elas. Fizemos Thngs como uma Wikipédia para objetos físicos, onde cada coisa tem sua própria página, com metadados, imagens e arquivos, que qualquer um pode editar. Nosso objetivo é desenvolver uma ferramenta para descobrir, recolher e fazer as coisas. Uma Arca de Noé para o mundo material”, finaliza o executivo.