Amada e odiada por muita gente, a fonte Comic Sans fez bastante sucesso entre os anos 1990 e 2000, mas acabou caindo no esquecimento dos usuários. Mas quem é o criador de uma das fontes mais populares do mundo?
A CNN decidiu investigar a história e chegou ao designer Vincent Connare, que trabalhou como engenheiro tipográfico da Microsoft há mais de 20 anos e também é criador da fonte Trebuchet.
Para ele, o que determina o sucesso de uma fonte é a atenção do usuário. “Se ele não notar a diferença, é porque ela é ruim. Se ele notar, parar por um segundo, é um bom sinal. A pessoa pode odiar ou amar, mas ela prestou alguma atenção. Se nem perceber a diferença, isso é um desastre”, conta.
O objetivo era criar uma fonte para um programa chamado “Bob”. Connare explica que a inspiração veio das letras usadas em histórias em quadrinhos como “Batman” e “Watchman”. “Tentei desenhar no computador algo similar àquilo, mas não uma cópia”, explica.
Segundo o criador, seu chefe não gostou da novidade na época, argumentando que gostaria de algo mais tipográfico. “Eu bati o pé e disse que era esta a ideia: ‘Ela deve ser estranha e não chata’”, conta Connare.
Sucesso
“Percebi que tinha se popularizado quando vi a fonte no letreiro de uma loja chamada ‘Fun Stamps’.” A partir daí, a fonte tomou conta do mundo, sendo usada em itens como toalhas de praia, pão, memoriais de guerra e até placas de trânsito.
O excesso de exposição acabou cansando muita gente e surgiu um movimento anti-Comic Sans. O criador, no entanto, não se diz irritado. “Achei engraçado, não fiquei ofendido. A fonte não é uma obra de arte, mas é uma das melhores coisas que eu ja fiz”, explica.
Confira a história (em inglês):
Via The Next Web