Samsung e Huawei lançaram seus smartphones dobráveis em cima de um padrão: uma tela que dobra. Porém, o Google não pensa assim. Com base em uma patente recentemente descoberta, a companhia mostra um potencial livro inteligente com várias telas, ao invés de páginas, dentro do que parece ser um livro comum. As imagens que acompanham a patente nos dão uma ideia de como esse dispositivo, um tanto quanto incomum, ficaria.

Como outros celulares flexíveis que já vimos — Galaxy Fold e Mate X, por exemplo — o livro do Google tem uma espinha central articulada, à qual as telas internas estão conectadas. Fechado, o livro inteligente teria telas sólidas, rígidas e não flexíveis na capa e na parte de trás. Ao abri-lo, em vez de páginas de papel, você “folhearia” telas flexíveis.

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As imagens são básicas, mas a própria patente entra em muitos detalhes sobre a seção da dobradiça e os aspectos técnicos de como ela precisa se dobrar. As técnicas registradas no documento aplicam-se não apenas ao modelo de tela múltipla visto aqui, mas também a um dispositivo dobrável com um layout de tela mais convencional. O Google prevê que os componentes necessários estejam ocultos na seção da coluna e que a própria dobradiça precisa ter vários mecanismos para mover as telas internas.

Embora as ilustrações de patentes mostrem painéis internos espessos, é improvável que isso represente qualquer dispositivo final que eventualmente possa ser produzido — seu peso, por exemplo, já o tornaria inviável. A descrição afirma que as telas seriam ajustadas muito próximas para um projeto fechado compacto, com distâncias possíveis variando de 1 mm a apenas 0,005 mm entre cada uma.

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A patente do Google mostra as direções incomuns pelas quais as empresas estão indo enquanto exploram o potencial por trás do processo de dobra de smartphones, tablets e laptops. O “e-livro” dobrável mostrado aqui pode parecer fantástico agora — e é, dada a tecnologia e o trabalho necessários para criá-lo —, mas é difícil pensar que este hardware é um substituto viável para o Kindle, por exemplo — ele seria mais pesado, mais frágil e mais caro. Mas seria muito mais multimídia.

A patente foi registrada em 2018 e não representa necessariamente um dispositivo no qual o Google está trabalhando. Ela é mais uma série de ideias e conceitos que podem ou não entrar em produção.

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