Pesquisadores do University College London, na Inglaterra, desenvolveram uma técnica que “aumenta significativamente” a capacidade de transmissão de dados em fibra óptica. Para transmitir múltiplos sinais em uma única fibra, são usados múltiplos comprimentos de onda da luz. Um sinal com comprimento de onda de 450 a 485 nanômetros, que aos nossos olhos se parece com luz azul, pode ser facilmente separado de um com comprimento de 565 a 590 nanômetros, que vemos como amarelo.
A equipe liderada pela Dra. Lidia Galdino usou uma “gama maior de cores” (ou seja, comprimentos de onda) do que o usual para conseguir mais “canais” de transmissão dentro da fibra. Além disso, o sinal foi otimizado considerando as características (como relação entre sinal e ruído, comprimento de onda e faixa de transmissão) específicas de cada canal.
Com isso foi possível conseguir 660 canais e uma velocidade de transmissão de 178,08 Terabits (22,26 Terabytes) por segundo, em um “loop” de fibra com comprimento de 40 km dentro de seu laboratório. É velocidade suficiente para transferir, em um segundo, o conteúdo de 222 discos Ultra HD Blu-Ray, que armazenam 100 GB cada. Ou o equivalente a 4.850 DVDs.
Vale lembrar que os resultados foram obtidos em condições de laboratório, e diversos fatores em um cenário real, como a velocidade com que os dados podem ser lidos na origem e gravados no destino, equipamentos no meio do caminho, comprimento do cabo, etc, podem levar a uma queda no desempenho.
A tecnologia provavelmente não irá chegar aos nossos lares tão cedo, mas pode ser útil na transmissão de dados entre data centers, ou na construção das redes de fibra óptica que suportam nossas redes de dados em 4G ou 5G, beneficiando de forma indireta o usuário final.
Fonte: TechRadar