Como o Moto G5 Plus se sai contra os seus principais concorrentes?

Renato Santino02/03/2017 20h36

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O Moto G5 é uma realidade. A Lenovo apresentou a nova geração do aparelho com dois novos celulares: o modelo já citado e a versão Plus, que tem alguns benefícios de hardware e uma tela maior. Mas como o celular se sai diante da concorrência?

Para o comparativo, vamos levar em conta o Moto G5 Plus. Seus oponentes no comparativo foram selecionados com base no preço. Como a Lenovo ainda não anunciou os valores oficialmente no Brasil, vamos levar em consideração o preço de lançamento do Moto G4 Plus, que chegou ao país por R$ 1.500.

Assim, os aparelhos que competem com o Moto G5 Plus são o Zenfone 3 mais simples (a versão de R$ 1.500) e o Galaxy J7 Prime. Vamos ver como eles se comparam em termos de especificações

Desempenho

O Moto G5 Plus foi anunciado com um processador Snapdragon 625, o que o coloca na mesma faixa de desempenho do Moto Z Play, já que o chipset é o mesmo. No entanto, ainda é difícil dar um parecer preciso sobre suas especificações, já que a Lenovo não informou quantos gigabytes de memória RAM o aparelho terá no Brasil. A empresa só diz que, dependendo de cada mercado, a memória pode variar entre 2 GB e 4 GB.

O Zenfone 3 mais barato, por sua vez, iguala o que o Moto G5 Plus tem a oferecer em termos de processador, já que tem o mesmo chipset instalado. Em termos de memória RAM, a versão mais básica do celular da Asus só iguala os 2 GB de memória RAM do Moto G5 Plus mais simples.

Por fim, o Galaxy J7 Prime usa um Exynos 7870, que iguala o desempenho do Moto G4, mas não é páreo para o desempenho do G5. Sua memória RAM fica em 3 GB, no meio termo entre o mínimo e o máximo possível de memória prometidos pela Lenovo.

Câmera

A câmera do Moto G4 Plus era surpreendentemente decente pelo preço, e o G5 Plus chega para tentar transformar o bom em ótimo. O aparelho conta com uma câmera principal de 12 MP e abertura de f/1.7, com um sistema chamado Dual Autofocus Pixels, que registra detalhes na imagem mais rapidamente. Trata-se de uma abertura de lente enorme para os padrões da faixa de preço que deve ocupar o aparelho, o que pode favorecer as fotos em situações de baixa luminosidade, mas o celular ainda não traz estabilização óptica de imagem (OIS), que ameniza tremores na hora de registrar uma foto ou vídeo.

O Zenfone 3, por sua vez, tinha uma câmera excelente em todas as versões do aparelho, refletindo-se também em sua versão mais barata. O sensor de 16 megapixels, combinado com a lente de abertura f/2.0 e estabilização óptica, fez da câmera uma das melhores do mercado, mesmo que o celular fosse mais barato que muitos tops de linha. Fica difícil imaginar que o Moto G5 Plus supere isso.

O Galaxy J7 Prime, por sua vez, também tem uma câmera boa pela sua faixa de preço, com 13 megapixels e abertura f/1.9, que pode ser considerada maior do que a média do mercado. No entanto, entre os três modelos analisados, é o que leva a pior em termos de especificações puras.

Tela

Aqui não há muito o que comparar. Os três modelos apostam na mesma resolução de 1920×1080 com a tecnologia LCD, então não há uma diferença absurda entre os aparelhos. O que pode ser observado é que o Zenfone 3 é o que apresenta o menor display, com 5,2 polegadas, e, por consequência, tem a maior densidade de pixels entre os três celulares, com 424 pixels por polegada. Os outros dois celulares têm painéis de 5,5 polegadas, resultando em 400 pixels por polegada.

Design

A categoria é difícil pela subjetividade, mas é interessante como os três celulares são bastante diferentes entre si. O Moto G5 Plus aposta em uma renovação visual que deixa de lado elementos clássicos da linha para ter um acabamento mais “premium”, metálico, que se aproxima muito do que foi o Moto Z.

Já o Zenfone 3 aposta em outro material premium, o vidro, que reveste tanto a frente quanto a traseira do aparelho. Apesar de bonito, o celular tem a tendência a acumular gordura e impressões digitais, o que acaba anulando as vantagens estéticas do acabamento.

Por fim, o Galaxy J7 Prime também aposta em um design metálico. O problema do celular é que o aparelho acaba sofrendo com a cara de “smartphone genérico da Samsung”, já que todos os modelos mais simples da empresa costumam ter o mesmo visual, mesmo que o material seja um pouco diferente de um aparelho para outro.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital