Em 2017, é difícil encontrar uma empresa que já não tenha compreendido que o futuro das suas aplicações de TI está na nuvem. Não é mais eficiente, principalmente do ponto de vista financeiro, manter servidores “monolíticos” que apenas atrasam a digitalização e a transformação dos negócios.

Por isso, cada vez mais empresas preferem migrar seus servidores para a nuvem o quanto antes. No primeiro semestre deste ano, serviços de nuvem pública cresceram 28% em comparação com o mesmo período do ano passado em todo o mundo, segundo dados do instituto de pesquisas IDC.

Não dá mais para deixar seu sistema num data center “em casa” quando tantas soluções de nuvem no mercado já oferecem as mais diversas opções para quem quer escalabilidade e praticidade no gerenciamento de dados. Só que essa onda de migração deixa no caminho um problema: o que fazer com os sistemas legados.

Empresas que já estão há algum tempo no mercado podem se ver presas a data centers locais se as suas aplicações estiverem tão emaranhadas a tecnologias ultrapassadas. Essa dependência acaba fazendo com que a ideia de mover as aplicações dali para a nuvem acabe gerando sérias complicações.

Outra dúvida que paira na cabeça de quem é responsável por tomar essa decisão tem a ver com qual solução escolher para fazer essa migração: nuvem pública ou nuvem privada. No primeiro caso, seu data center é compartilhado com o de outras empresas, o que gera certa economia, mas limita o arsenal de recursos. No segundo caso, você tem uma infraestrutura desenhada especificamente para as suas necessidades, que acaba saindo mais cara.

Um ponto de equilíbrio nesse dilema é o da nuvem híbrida. Com ela, sua infraestrutura pode aproveitar o que há de melhor dos dois mundos. Parte da aplicação, aquela que não precisa de ferramentas muito específicas, usa uma infraestrutura compartilhada; enquanto outra parte dela, que requer mais atenção e cuidado, aproveita os benefícios de uma nuvem privada.

Há diversas soluções de nuvem híbrida no mercado que oferecem uma série de ferramentas para uma migração segura e sem complicações. Um bom exemplo é o Hybrid Cloud, da IBM. Mas antes de se chegar ao ponto de assinar o contrato, é preciso tomar alguns cuidados para que essa mudança seja feita da forma mais tranquila possível, e que seu sistema legado não se torne uma pedra no sapato ainda maior.

A primeira coisa que você precisa fazer é estudar e definir com atenção quais aplicações da sua infraestrutura atual merecem ir para quais lados da nuvem. É importante definir de antemão quais tarefas podem ser executadas num ambiente público e quais precisam de mais cuidado para que sejam executadas num ambiente privado.

Em segundo lugar, defina quais partes da sua infraestrutura de fato precisam ir para a nuvem e quais – por uma questão de custo e demanda – podem permanecer em data centers locais. Assim você pode colocar na balança as diferentes opções do mercado e escolher com mais sabedoria o fornecedor ideal.

Terceira etapa: procure ferramentas que facilitem a transição no lado do cliente. Estes recursos, fornecidos pelas soluções mais famosas, permitem que a migração dos dados ocorra sem problemas no caso de sites ou aplicativos, por exemplo, que não podem sair do ar e nem demonstrar falhas para o usuário final.

Por fim, coloque todos os custos na ponta do lápis, compare ofertas e calcule com antecedência os gastos necessários para a transição, inclusive as despesas de emergência que podem surgir no meio do processo. Seguindo essas dicas, em pouco tempo seus negócios estarão na nuvem e preparados para o futuro da transformação digital.