Como a Qualcomm está montando seu “exército” na guerra do 5G contra Apple e Intel

A maior fabricante de chips móveis do mundo está acumulando um pelotão de smartphones para a próxima tecnologia de transmissão de dados
Rene Ribeiro11/12/2018 01h36, atualizada em 11/12/2018 11h00

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A Qualcomm, maior fabricante mundial de chips para celulares do mundo, está usando telefones 5G para ir atrás dos iPhones e também do hardware da Intel. Isso ficou claro após o evento Snapdragon Summit na semana passada onde, um após o outro, os executivos compararam a velocidade e os ganhos de bateria dos novos processadores da marca, que irão alimentar os telefones e laptops 5G.

A Qualcomm quer uma fatia do mercado de notebooks equipados com chips da Intel e quer punir a Apple por deixar seus processadores fora dos iPhones atuais e futuros. Ela também quer deixar de lado a percepção de que a Apple, com seu negócio interno de processadores móveis, está liderando o o setor quando falamos de tecnologia de chipsets.

Para a Qualcomm, é fundamental manter sua posição como a maior fabricante de chips móveis do mundo. As vendas de smartphones estão começando a desacelerar, mas a empresa continua se beneficiando de oferecer recursos essenciais em seus novos produtos. Ela precisa continuar assim, especialmente porque vê mais concorrência não apenas de outros fabricantes de processadores, mas também de fabricantes de dispositivos, como a Apple, projetando seus próprios chipsets.

Durante os três dias do evento, a Qualcomm apresentou parceiros pesados como Samsung, Verizon, AT&T, Lenovo, Google e Microsoft para anunciar os primeiros telefones 5G a serem lançados em 2019 e se aprofundar na alta velocidade e potência que seus novos chips trarão. O  chipset Snapdragon 855 estará na maioria dos telefones topo-de-linha com Android em 2019.

E o novo processador 8cx, projetado especificamente para o Windows 2-em-1, expandirá a base da Qualcomm para a computação em PC, sendo que o principal destaque é a fabricação do processador no padrão de 7 nanômetros, que pode garantir que notebooks fiquem até 25 horas sem precisar recarregar. A ideia é vender esses dispositivos em massa para uso corporativo.

 A importância do 5G para a Qualcomm é primordial. A entrada desta nova tecnologia marcará uma transformação profunda na maneira como as pessoas usam dispositivos e na maneira como eles conversam entre si. O 5G é mais do que apenas downloads mais rápidos. A tecnologia vai colocar bilhões de outros dispositivos online e vai tornar possível desde cirurgias remotas a carros autônomos que podem conversar entre si para evitar colisões.

A promessa dupla de velocidades de dados extremas e conexões de rede instantâneas fazem do 5G um prêmio para fabricantes de componentes, como a própria Qualcomm. Diversas redes deste padrão começam a ser funcionar em meados de 2019, embora a AT&T afirme que está no caminho para ativar sua primeira cobertura em 5G até o final de 2018.

A era do 5G começou. Será que a Qualcomm é quem ditará as tendências desse mercado por começar na frente? Quem viver, verá!

Colaboração para o Olhar Digital

Rene Ribeiro é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital