Como a inteligência artificial está melhorando o teclado do seu celular

Renato Santino08/10/2015 17h23

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Se você já procurou algum teclado alternativo para Android ou iOS, certamente já conhece o SwiftKey. O aplicativo já é bastante popular graças a sua capacidade de aprender com o usuário e oferecer sugestões de texto, mas a empresa quer ir além. O próximo passo é a utilização de redes neurais em miniatura para conseguir oferecer resultados mais precisos.

Antes de tudo, é necessário entender como a versão atual do aplicativo funciona. Hoje, o SwiftKey utiliza um algoritmo baseado em probabilidade para prever qual é a próxima palavra, com um toque de aprendizado com o que o usuário costuma digitar. Ou seja: ele pega as duas últimas palavras e consulta um banco de dados para deduzir qual será a palavra seguinte e economizar algum tempo. Só que este modelo de duas palavras, chamado “modelo n-grama” é bastante limitado, porque analisar três ou quatro palavras iria requerer um banco de dados muito maior, dificultando a busca.

Já o modelo de redes neurais é diferente, usado no aplicativo SwiftKey Neural, aplica conceitos de inteligência artificial. O algoritmo é “treinado” com milhões de frases e cada uma é representada por um pedaço de código, que permite que permite que palavras sinônimas sejam associadas de forma mais precisa, possibilitando uma previsão de texto mais profunda e diversa.

Assim, o modelo usa frases para analisa a frase inteira para conseguir prever a próxima palavra. Um exemplo citado pelo Engadget é a frase “Meet you at the…” (uma frase informal como “te encontro no…”). O modelo antigo analisaria apenas as palavras “at the” (“no”) e sugeriria coisas sem sentido como “moment” (“momento”), “end” (“fim”) ou “same” (“mesmo”). Utilizando o conceito de redes neurais, é possível extrair um contexto do que foi digitado até então e sugerir palavras mais adequadas, como “hotel”, “aeroporto” ou “escritório”.

Contudo, vale observar que o aplicativo ainda não tem a personalização, que é o que faz o SwiftKey normal ser tão popular. O teclado ainda não é capaz de aprender com o usuário, e, portanto, não pode oferecer sugestões personalizadas, por funcionar de forma diferente do aplicativo básico. Isso não quer dizer que o recurso nunca vá existir, apenas que ele não existe neste momento.

Isso se deve ao fato de o aplicativo ainda está longe de estar pronto. Ele ainda está em fase alfa, que normalmente é um estágio antes de estar estável o suficiente para ser chamado de beta, o que significa que ele nem sequer é recomendável para o grande público, voltado apenas para entusiastas. Desta forma, suas funções estão disponíveis apenas em inglês; se assim mesmo você quiser testá-lo, pode conferi-lo no Google Play neste link.

Via Engadget

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital