Os documentos recebidos através do pedido da Lei da Liberdade de Informação, divulgados nesta terça-feira (21), revelaram que, apesar de bem-sucedida, a campanha do Comando Cibernético dos Estados Unidos para invadir o ISIS enfrentou dificuldades. De acordo com as informações, a equipe americana se deparou com falta de espaço de armazenamento para os dados roubados das contas do Estado Islâmico.
Foram divulgados seis documentos, publicados pelo National Security Archive, na Universidade George Washington, em Washington, DC. Os mesmos revelam as conclusões de uma avaliação de 120 dias do Comando Cibernético dos EUA, realizada após a conclusão da Operação Glowing Symphony.
A Operação Glowing Symphony foi realizada em novembro de 2016, como uma operação cibernética ofensiva, executada pela Joint Task Force Ares (JTF-Ares). A principal tarefa era interromper a divulgação de propagandas online do ISIS, invadindo ou sequestrando contas de mídia social online, e derrubando sites e servidores, usados ââpelo grupo terrorista para espalhar materiais chamativos e recrutar novos membros.
Passados 120 dias do encerramento da Operation Glowing Symphony, o Comando Cibernético dos EUA não previu a magnitude dos dados que acabariam recolhendo do ISIS. Uma recomendação, incluída na avaliação deste mesmo documento, dizia que o Comando dos Estados Unidos precisava desenvolver novas soluções de armazenamento de dados para futuras operações.
“A avaliação revela que um dos principais desafios para a exploração foi o armazenamento dos dados, uma indicação do escopo da operação em relação à capacidade da USCYBERCOM na época”, disse Michael Martelle, analista do National Security Archive.
O armazenamento de dados foi apenas um dos problemas técnicos e burocráticos que a JTF-Ares enfrentou na época. Outras questões, mencionadas na avaliação, incluem: desafios em coordenação com outros membros da coalizão e agências do governo dos EUA, e um processo longo e complexo para examinar os suspeitos, o que dificultava o engajamento de metas de acordo com o tempo.
Os seis documentos estão disponíveis no site do National Security Archive.
Via: Zdnet