Com a queda de linhas pré-pagas, operadoras entram em “guerra” pelo cliente

Redação28/01/2016 19h28

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Dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, mostram que as linhas pré-pagas tiveram uma redução de cerca de 17 milhões de janeiro a novembro do ano passado, atingindo as 196,6 milhões. Com a queda, as operadoras se empenham cada vez mais para conquistar e manter o cliente, adotando diferentes estratégias e iniciando uma verdadeira guerra pelo consumidor. Já que, de acordo com a consultoria Teleco, de 40% a 60% do faturamento das operadoras vem deste tipo de linha.

Por que a queda?
De acordo com especialistas, os aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, são os responsáveis pela mudança de comportamento do usuário. Se antes muitas pessoas possuíam mais de uma linha de celular, com o objetivo de se comunicar com linhas de diferentes operadoras, agora a necessidade é suprida pelos próprios apps. Com isso, o consumidor acaba cancelando o segundi chip, o que resulta em uma queda de 20% a 25% no número de linhas pré-pagas. E a previsão é de que o número seja reduzido ainda mais neste ano.

O que as operadoras estão fazendo para segurar o cliente?

  •  Vivo

Entre as principais operadoras brasileiras, a Vivo é a que possui menos linhas pré-pagas, com 62% de sua base. Isso signfica que a empresa não sofreu tanto com a redução desse tipo de linhas. No entanto, a estratégia para reter clientes é apostar no apelo da rede de cobertura 3G e 4G. A intenção, no entanto, não é igualar as tarifas das ligações, como fizeram TIM e Oi. “Acreditamos que o que conta para o cliente nos escolher não é mais os minutos de ligações, mas a Internet”, explica a operadora.

  • Oi

Segundo o diretor de produtos e mobilidade da Oi, Roberto Guenzburger, a redução no número de clientes acontece ao mesmo tempo em que o ticket médio de recarga aumenta. Isso significa dizer que há menos linhas, mas cada uma delas gera mais dinheiro para a operadora. Segundo a operadora, a mudança de comportamento é alavancada pelo corte de internet ao fim da franquia de dados. “Agora, em vez de briga competitiva pelo crescimento da base, existe uma disputa pela consolidação do chip. Ganha quem tiver oferta mais abrangente”, aposta o diretor.

  • Tim

A TIM pensa da mesma maneira que a Oi. Questionada, a operadora afirmou que o cancelamento de linhas pré-pagas é um movimento natural do mercado e que, assim, o foco da indústria se torna o valor associado ao usuário em vez do volume de linhas.

  • Claro

A Claro adota uma estratégia semelhante à da Vivo. De acordo com a operadora, hoje em dia o consumidor prefere a qualidade da internet aos serviços de ligações propriamente ditos. “Estamos oferecendo ofertas melhores (de dados), queremos trazer essa receita (para a empresa)”, afirma Rodrigo Vidigal, diretor de marketing da operadora.

Para a Claro, o acesso liberado a aplicativos como o Twitter, o Facebook e o WhatsApp contribui no aumento do uso de dados como um todo. “Entendemos que o usuário pré-pago de dados é usuário recente de smartphone e é muito sensível a custo. Isso permite que ele utilize de forma mais intensa e passe a conhecer outros serviços”, finaliza.

Via Reuters

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital