A empresa Keyssa Inc, que tem entre seus apoiadores Tony Fadell, um dos criadores do iPod, está processando a empresa Essential Products Inc, que pertence a Andy Rubin, um dos criadores do Android. De acordo com a Reuters, a Keyssa acusa a Essential de ter roubado seus segredos de indústria e usado-os no design do Essential Phone, celular que a empresa do criador do Android lançou neste ano.
Mais especificamente, a Keyssa acusa a Essential de utilizar tecnologia sua nos conectores que permitem ao Essential Phone se ligar a acessórios, como câmeras e baterias externas, sem o uso de fios. Segundo a empresa de Fadell, o design final desse conector do Essential Phone utiliza diversas tecnologias que a Keyssa desenvolveu.
Olhou e não comprou
Segundo o processo, a Keyssa vinha desenvolvendo, desde 2009, um chip que permitia que celulares se comunicassem com acessórios sem o uso de fios ou conexões Wi-Fi. Em agosto, a empresa anunciou uma parceria com a Samsung e com a Hon Hai Precision Industries (uma empresa relacionada à Foxconn) para tornar esse chip um acessório padrão em diversos celulares.
Paralelamente, a Keyssa conversou com a Essential, pois a empresa do criador do Android pretendia usar uma tecnologia do tipo em seu dispositivo. As conversas prosseguiram por cerca de dez meses, mas no final a Essential optou por não usar a solução da empresa apoiada por Fadell. Eles escolheram, em vez dela, a tecnologia de outra empresa chamada SiBEAM.
Mesmo assim, a Keyssa considera que a informação que ela compartilhou com mais de 20 engenheiros da Essential era segredo de indústria. Tanto que, segundo a empresa, os engenheiros da Essential foram obrigados a assinar um acordo de sigilo, segundo o qual eles não podiam fazer uso comercial das tecnologias que a Keyssa lhes apresentou.
Atrás do prejuízo
No processo, a Keyssa considera que “não foi compensada pelo uso de seu aconselhamento e de seu conhecimento”. Nesse caso, eles dizem que “estamos entrando com essa ação porque nossas tentativas de resolver essa questão por meio de discussões com a Essential não tiveram sucesso”. Não foi dvulgado, contudo, o valor que a Keyssa pede como compensação.