Cientistas criam robô com componentes comestíveis

Tromba robótica, como a de um elefante, suportou mais de 330 mil ciclos de flexão e um ano de uso sem ressecar ou rachar, e sem alteração de suas propriedades básicas
Rafael Rigues16/06/2020 13h20

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Pesquisadores da Johannes Kepler University em Linz, na Áustria, criaram um robô com componentes comestíveis. Usando gelatina, ácido cítrico e glicerol, eles produziram um “gel” flexível e estável. O material foi usado para construir uma tromba robótica, como a de um elefante.

O robô foi capaz de suportar mais de 330 mil ciclos de flexão e um ano de uso sem ressecar ou rachar, e sem alteração de suas propriedades básicas. Sensores de pressão e atuadores (ambos não comestíveis) permitiram movimentar a tromba e pegar objetos.

O gel, tecnicamente um “elastômero biodegradável”, foi criado para ser facilmente digerido pelas bactérias presentes na natureza, de modo a não contribuir para o acúmulo de lixo se for descartado. Segundo Martin Kaltenbrunner, líder do projeto, a “gelatina se destaca por sua versatilidade, facilidade de fabricação e baixo custo”.

A tecnologia pode ser usada em uma “nova geração” de brinquedos para crianças e até mesmo na medicina veterinária, onde medicamentos poderiam ser administrados a animais através de robôs que se comportam como suas presas.

Fonte: New Scientist

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital