Baterias de íon-lítio são as mais comuns do mundo atualmente, responsáveis por abastecer smartphones, tablets e relógios inteligentes. Um grupo de cientistas dos Estados Unidos encontrou um método para produzir baterias mais customizadas e, assim, salvar tempo e dinheiro na produção de celulares.

O segredo é a impressão 3D. Num artigo publicado por pesquisadores da Universidade de Duke e da Universidade Estadual do Texas, a equipe de químicos liderada por Christopher Reyes explicou como usar impressoras 3D comuns para produzir baterias de íon-lítio em quase qualquer formato.

Outras pessoas já tentaram imprimir baterias de íon-lítio antes, mas os polímeros usados na maioria das impressoras 3D não são condutores iônicos, o que prejudica a estabilidade das células de energia. Reyes e sua equipe conseguiram contornar este problema.

Os cientistas tiveram a ideia de infundir o ácido polilático (PLA) normalmente usado em impressão 3D com uma solução eletrolítica, explica o site Engadget. Eles também incorporaram grafeno e nanotubos de carbono no molde da bateria para aumentar a capacidade de condução de energia.

Com estas mudanças, os pesquisadores produziram não só uma pequena bateria de íon-lítio, como também um bracelete equipado com uma tela de LCD. Há alguns problemas com o método utilizado, porém. A bateria feita em impressora 3D só aguentou 60 segundos, bem abaixo do padrão mais aceito pela indústria.

O estudo é preliminar e os cientistas já estão trabalhando em maneiras de prolongar a vida útil da bateria caseira. O método, porém, pode ajudar a flexibilizar e baratear a produção de smartphones no futuro, permitindo que as fabricantes adotem desenhos diferentes para as células e abram espaço interno para incluir mais recursos sem prejudicar o tamanho da bateria.