Cientista da Marinha dos EUA inventa novo tipo de reator de fusão nuclear

Se funcionar como descrito, equipamento poderia gerar 1.000 vezes mais energia do que consome e produzir um salto tecnológico sem precedentes
Rafael Rigues10/10/2019 18h36, atualizada em 10/10/2019 18h38

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Um cientista da Marinha dos EUA chamado Salvatore Cezar Pais, conhecido por patentear tecnologias que soam como coisas de outro mundo ou pura ficção científica, patenteou um novo tipo de reator de fusão nuclear que, se funcionar como descrito, poderá revolucionar a geração de energia em escala global.

O “Dispositivo de Fusão por Compressão de Plasma”, como é chamado, seria pequeno (2 metros de diâmetro), e consumiria energia na casa dos Kilowatts (mil Watts) ou Megawatts (um milhão de Watts), produzindo energia na casa dos Gigawatts (um bilhão de Watts) ou Terawatts (um trilhão de Watts).

Para se ter uma idéia, a capacidade de produção da usina de Itaipu inteira é de 14 Gigawatts. Um reator nuclear como o de Angra 2 tem capacidade de 1,35 Gigawatts e o reator modelo A1B usado nos porta-aviões nucleares norte-americanos tem capacidade de 700 Megawatts.

Mas os reatores nucleares atuais produzem energia por fissão nuclear, ou seja, pela quebra dos átomos. Reatores de fusão, que produzem energia fundindo átomos, ainda são um campo de pesquisa em franco desenvolvimento e no momento não há um reator de fusão sequer em todo o mundo que seja capaz de produzir mais energia do que consome. Quanto mais 1.000 vezes mais energia do que consome. Sem contar o fato de que os reatores atuais são abrigados em instalações com centenas de milhares de metros quadrados.

Ou seja, o dispositivo descrito na patente soa bom demais para ser verdade. Pode ser apenas um conceito, nunca colocado em prática, ou então pode ser que a Marinha dos EUA tenha feito alguma descoberta crucial que possibilite sua criação, mas que a tecnologia esteja sendo mantida em segredo.

Pais afirma na patente que “a invenção pode ser aplicada em ambiente espacial, terrestre ou marítimo”, e que “pode ser usada em qualquer aplicação que exija geração de energia”.

Não é a primeira vez que o engenheiro patenteia tecnologia que parece vir de outro mundo. Anteriormente ele registrou a patente de um supercondutor à temperatura ambiente, outra tecnologia cobiçada há décadas por cientistas do mundo todo, mas que nunca foi produzida na prática.

Fonte: The Drive

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital