Pesquisadores da Caltech e da Universidade de Illinois criaram um drone com um formato bem incomum: o de um morcego. A criação dos pesquisadores, chamada de Bat Bot, busca imitar a maneira extremamente complexa que os animais notívagos têm de voar.
Enquanto as asas dos morcegos têm mais de 40 articulações, as do Bat Bot têm “apenas” nove. Além delas, porém, ele tem ainda pernas articuladas que também são recobertas pela membrana que o ajuda a voar. A membrana, por sua vez, tem espessura de apenas 56 micrômetros, segundo o estudo (um fio de cabelo, em comparação, tem cerca de 70 micrômetros). O vídeo abaixo mostra o Bat Bot voando:
Controlar de maneira sincronizada o movimento de todas as articulações das asas do Bat Bot não é uma tarefa simples. Para isso, os pesquisadores usam um algoritmo complexo que roda no computador embarcado no drone. O peso do algoritmo, no entanto, faz com que a bateria do Bat Bot dure muito pouco. Isso, associado à fragilidade dele, fazem com que ele ainda não esteja pronto para uso em situações reais.
No entanto, melhorando esses problemas, os pesquisadores acreditam que o drone possa ser usado, por exemplo, para monitorar áreas complexas (como construções) ou para auxiliar no resgate de pessoas atingidas por desastres naturais. Esse último uso é particularmente interessante, já que a maioria dos drones atuais usam hélices, que podem machucar as pessoas afetadas. O Bat Bot, por sua vez, é mais leve e menos perigoso, e por isso seria mais adequado.
Além disso, o robô também pode ser usado para ajudar biólogos a entender com mais precisão a maneira como os morcegos voam. Mais especificamente, ele permitirá realizar testes para entender como as pernas dos morcegos contribuem para ajudá-los a fazer curvas durante o voo.