As autoridades chinesas planejam proibir a mineração de criptomoedas, entre elas o Bitcoin, por a considerarem uma atividade econômica “indesejável”. A proposta ainda está em discussão e segue as premissas de um documento do governo recém-publicado. 

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC) divulgou o relatório com intenção de proibir a mineração de criptomoedas devido ao desperdício de recursos valiosos. Como o jornal South China Morning Post aponta, as regiões dependentes do carvão produzido pela China, como Xinjiang e Mongólia Interior, tornaram-se destinos populares para os mineiros de criptografia que buscam eletricidade barata. Estima-se também, que 74% das minerações de criptomoedas globais aconteçam apenas na China.

Desde 2017, o Banco Popular da China baniu ofertas inciais de Bitcoin e vem tentando bloquear o uso de criptomoedas no país. Porém, essa era uma lei fácil de contornar. Agora, se a proposta de proibição da mineração for aprovada, ela tem melhores chances de cumprir com o objetivo do governo, visto que um computador utilizado para gerar criptomoedas pode ser facilmente descoberto devido ao seu alto consumo de energia. 

O caso nos faz perceber que o Bitcoin e as outras criptomoedas não estão totalmente desassociadas do mundo real, já que, para existirem, eles dependem de infraestrutura moderna e de energia barata. Portanto, quando o governo toma medidas restritivas, elas se tornam menos atraentes para o público consumidor, fazendo despencar a sua cotação.

Além disso, diante do caos ambiental que a mineração gera, com uma estimativa de 3 a 15 milhões de toneladas de dióxido de carbono produzidas em todo o mundo, parece racional que a China proíba a atividade. A proposta mantém-se disponível para comentários da sociedade chinesa até o dia 7 de maio. 

Via: Gizmodo