Chave para felicidade pode estar nas atividades com amigos, dizem especialistas

No entanto, é importante 'criar oportunidades para experiências positivas com parceiros românticos e filhos'
Luiz Nogueira17/09/2020 14h04, atualizada em 17/09/2020 14h30

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Um dos objetivos da vida de muitas pessoas é encontrar a felicidade. Muitos indicam que passar tempo com filhos e cônjuges pode ser a chave para isso. No entanto, um estudo recente revela algo um pouco diferente.

De acordo com uma pesquisa feita pela equipe do professor de psicologia Nathan Hudson, da School of Social Sciences, e publicada no Journal of Personality and Social Psychology, as pessoas são mais felizes ao se reunirem com amigos. Os resultados do estudo apontam que pessoas registram níveis mais altos de bem-estar quando estão com amigos do que com parceiros românticos ou filhos.

Na verdade, comparando os três grupos, o médico descobriu que estar perto de cônjuges registra a menor quantidade de felicidade. No entanto, Hudson enfatiza que a descoberta tem mais ligação com a atividade do que com a pessoa com quem é compartilhada.

Isso porque as pessoas tendem a passar mais tempo fazendo coisas agradáveis com os amigos do que com membros da família, que ocasionalmente realizam tarefas desagradáveis, como serviços domésticos, por exemplo.

Reprodução

Pessoas tendem a passar mais tempo fazendo coisas agradáveis com os amigos do que com membros da família. Foto: Charday Penn/ iStock

“Nosso estudo sugere que isso não tem a ver com a natureza fundamental das relações de amigos e parentes. Quando controlamos estatisticamente as atividades, a ‘mera presença’ de filhos, parceiros românticos e amigos previu níveis semelhantes de felicidade”, disse o médico.

Para coleta de dados, foram analisados mais de 400 participantes. Durante o período do estudo, eles foram solicitados a relembrar os tempos com amigos e familiares – além de identificar as atividades que eles compartilharam. Por fim, eles tiveram de avaliar quais emoções essas experiências despertavam.

Cada um dos sentimentos descritos serviu para avaliar em uma escala de zero a seis o nível de envolvimento. Essas informações e outras respostas foram fundamentais para que Hudson e sua equipe estimassem as taxas de felicidade nos encontros com cada grupo.

Resultados obtidos

Os dados coletados indicam que as atividades realizadas com mais frequência entre parceiros românticos incluem socializar, relaxar e comer. As mesmas atividades são realizadas com amigos, com a diferença na proporção em que são feitas.

Com pessoas queridas, as atividades são mais agradáveis e menos domésticas. Por exemplo, 65% das experiências com amigos envolvem socialização. No caso dos parceiros, esse total cai para 28%. Para os filhos, há uma concentração significativa em fazer mais coisas associadas a experiências negativas, como trabalho doméstico e deslocamento. No entanto, cuidar deles foi visto de forma positiva.

Segundo Hudson, o resultado mostra uma chance para “criar oportunidades para experiências positivas com parceiros românticos e filhos – e saborear mentalmente esses tempos positivos. Em contraste, os relacionamentos familiares que envolvem nada além de tarefas domésticas, trabalhos manuais e cuidado com filhos não preveem muita felicidade”.

Via: MedicalXpress

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital