CEO da Huawei: é ‘muito provável’ que o Ark OS supere Android e iOS

Em entrevista a jornal francês, Ren Zhengfei revela que o sistema operacional da Huawei será multiplataforma
Redação04/07/2019 21h57, atualizada em 04/07/2019 23h40

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O futuro sistema operacional da Huawei voltou às capas dos jornais após o bloqueio comercial imposto pelos EUA, que ameaçaria o uso do Android nos smartphones da fabricante chinesa. Justamente para sair da cola do Google e poder sobreviver pelas próprias pernas no pior dos cenários, a Huawei já desenvolve o Ark OS — ou Hongmeng OS —, com base na estrutura da rival americana. E estudos apontam que ele pode, inclusive, superar o Android em velocidade.

Nesta quinta-feira (4), ninguém menos que o CEO da companhia, Ren Zhengfei, foi encarregado de revelar informações adicionais sobre o produto. Em entrevista ao jornal francês Le Point, Zhengfei confirmou que o sistema operacional já está “em funcionamento em alguns dispositivos na China” e anunciou que ele será uma ferramenta multidispositivo, com operação além dos aparelhos móveis.

Mais rápido até que o iOS?

Entre muitas perguntas relacionadas à guerra comercial com os EUA, Zhengfei encontrou espaço para soltar updates sobre o Ark OS, considerado o futuro — se não o presente — da empresa. De acordo com o CEO da Huawei, o Ark OS teria sido desenvolvido para operar em vários dispositivos, que podem compor um ecossistema e ter interação facilitada. Em resumo, pode-se dizer que o Ark OS não é o novo Android da Huawei, mas sim seu novo Fuchsia.

Zhengfei também ressaltou algumas características do sistema operacional, como sua velocidade. O Ark OS teria uma latência de processamento “de menos de 5 milissegundos”, o que lhe permitiria operar em aparelhos potentes, como smartphones, e em dispositivos conectados, da internet das coisas. O CEO garante que é “muito provável” que o sistema seja mais rápido que o Android e o iOS.

Reprodução

No entanto, Zhengfei esclarece que, para ser competitiva com o Ark OS, a Huawei precisa ainda de alguns anos, já que seu sistema não tem “um bom ecossistema de aplicativos” no momento — e isso deve atrasar sua adoção massiva. Algo semelhante acontece com o Samsung Tizen, presente em televisores e dispositivos conectados, mas ainda pouco distribuído em geral.

Ren Zhengfei garante que o Ark OS não se destina a substituir o Android, especialmente por sua característica multiplataforma. Ainda assim, a novidade deve agitar o mercado dos smartphones e ainda pode render muitos rumores até seu lançamento oficial.

Fonte: Le Point

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital