Linha Republic of Gamers da Asus chega ao Brasil ainda em 2019

S. Y. Hsu conversou com a equipe do Olhar Digital e esclareceu algumas dúvidas sobre as práticas da empresa. Confira!
Roseli Andrion27/06/2019 23h02

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Em meio ao lançamento da nova linha de notebooks da Asus, na terça-feira, a reportagem do Olhar Digital conversou com S. Y. Hsu, co-CEO da companhia. Ele esclareceu algumas dúvidas sobre as práticas da empresa e até adiantou novidades. “Desta vez, trouxemos nossos produtos mais inovadores para o Brasil e esperamos que o consumidor brasileiro goste deles”, conta.

S. Y. explica que o desenvolvimento de um produto leva, em média, um ano. Em alguns casos, como do screen pad e do screen pad plus, ainda foi necessário discutir com fornecedores como desenvolver alguns aspectos.

Isso ocorreu, por exemplo, com o software: a Asus teve de confirmar com a Microsoft se suas novas telas estavam adequadas à política de uso da parceira. “Existe uma limitação nos tamanhos de tela que podem ser usados com o sistema da marca”, explica. “E precisamos nos certificar de que estávamos seguindo essas recomendações.”

Acompanhe a entrevista a seguir!

Olhar Digital: Por que a Asus está voltando agora ao mercado de notebooks do Brasil?

S. Y. Hsu: Na verdade, eu não diria que estamos voltando. Desde que a Asus se instalou no Brasil, vendemos notebooks aqui. Obviamente, nos últimos anos, nos concentramos mais nos smartphones, mas o negócio de notebooks ainda existe.

Agora, porém, estamos dedicando mais recursos a esse segmento. O Brasil tem uma população grande, com diferentes públicos e interesses distintos, e nosso portfólio é bem diverso. Desta vez, então, vamos trazer nossos produtos topo de linha e mais inovadores, a família Zenbook. Acreditamos que esses equipamentos têm bastante potencial no país.

OD: Por que a linha de notebooks RoG (Republic of Gamers) não é comercializada no Brasil? A Asus pensa em trazê-los para o país?

S. Y.: Claro! Na verdade, acho que o mercado gamer brasileiro está preparado para receber os modelos da linha RoG. Temos planos de incluir os notebooks e fones RoG nos itens disponíveis no Brasil. A ideia é termos um evento para apresentá-los em setembro deste ano. Continuem nos acompanhando porque os produtos chegarão em breve.

OD: Alguns usuários reclamam sobre problemas de tradução nos produtos da Asus. Existem planos de melhorar esse aspecto?

S. Y.: Acho que o problema é com os parceiros que fazem esse processo. Em geral, a tradução é feita primeiramente para o inglês e, depois, enviada para profissionais que possam convertê-la para outros idiomas — pode estar havendo algum tipo de dificuldade aí.

Eu vou conversar com os responsáveis por isso para que possamos discutir como melhorar. Talvez, antes de enviar os equipamentos para a produção, a gente possa pedir que a equipe do Brasil verifique se está tudo bem.

OD: A inserção de muitos aplicativos da Asus nos equipamentos costuma ser criticada pelos clientes. Qual o objetivo dessa política? Ela vai ser revista?

S. Y.: Sabemos que alguns consumidores reclamam disso. A ideia, originalmente, era oferecer ferramentas que pudessem ajudar os usuários e oferecer valor agregado. Recentemente, recebemos muito feedback a respeito disso e, agora, estamos mudando esse aspecto.

Então, transferimos todas essas soluções para a Asus Store. Lá, os clientes podem conhecer as opções que oferecemos e, se quiserem, adquirir aquelas que são mais interessantes para eles. Isso vai ajudar a reduzir a quantidade de espaço necessária para esses programas, enquanto mantém os softwares à disposição.

OD: Os notebooks da linha Zenbook Pro têm uma tela no lugar do touch pad. Como foi a decisão de criar essa novidade?

S. Y.: Sempre que desenhamos novos produtos, começamos pelas necessidades do consumidor, porque nossa cultura valoriza o design thinking há muito tempo. Acreditamos que a necessidade de fazer muitas tarefas ao mesmo tempo é uma tendência e, por isso, decidimos colocar esse recurso em nossa linha Pro.

Antes de criar o screen pad e o screen pad plus [que equipa o Zenbook Pro Duo], tivemos muitas discussões com criadores de conteúdo. O screen pad plus surgiu depois que percebemos que os profissionais de edição de vídeo precisam usar múltiplas telas para fazer seu trabalho de forma mais eficiente.

Em um equipamento móvel, como um notebook, é difícil ter esse espaço extra. Por isso, colocamos uma segunda tela acima do teclado. Agora, esses usuários podem trabalhar de forma mais rápida. O screen pad plus é fruto de muito estudo desse tipo de cenário.

OD: A Asus está trabalhando em outros novos conceitos e tecnologias no momento?

S. Y.: Sim, claro! O mercado de eletrônicos de consumo muda muito rápido e o verdadeiro computador agora não é o notebook, é o celular. Por isso, o PC precisa ter cada vez mais foco em produtividade e desempenho — e foi daí que saiu o screen pad plus.

Queremos estar cada vez mais alinhados com as necessidades do usuário. Recentemente, por exemplo, muitas empresas lançaram telas dobráveis. Nós temos estudos desse tipo de tecnologia, mas acreditamos que no momento ela ainda não está completamente estável.

Então, optamos pelo screen pad e pelo screen pad plus. Para nós, antes da tela dobrável, esse é o conceito do momento.

OD: O que podemos esperar da Asus no futuro?

S. Y.: A Asus tem o DNA da inovação. Sempre que criamos um produto, começamos pelas necessidades do consumidor. Temos várias novas ideias, mas precisamos alinhá-las às expectativas dos clientes — afinal, queremos oferecer sempre a melhor experiência a eles. Vamos continuar a trabalhar em formas de facilitar a vida do usuário.

Colaboração para o Olhar Digital

Roseli Andrion é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital