Eric Schmidt, o presidente da Alphabet, declarou nesta semana em um artigo de opinião da revista Time que a inteligência artificial vai “exigir a abordagem certa”. “A próxima geração de inteligência artificial promete ter um impacto tão grande quanto a revolução móvel ou a revolução da internet. A oportunidade positiva diante de nós é praticamente ilimitada, mas para a inteligência artificial atender seu vasto potencial, ela exige a abordagem certa”, declara.
O executivo é um dos defensores da pesquisa e do investimento na inteligência artificial, mas pede às empresas que sigam três princípios: que a inteligência artificial beneficie a muitos, não a poucos, que as fabricantes garantam que suas criações tem como objetivo o bem comum, que elas sejam abertas, responsáveis e socialmente engajadas e que se evite os resultados classificados por ele como ‘indesejáveis’.
“Embora os computadores possam nos ajudar, eles não são como nós. Nós podemos fazer juízos de valor, pensar de maneira introspectiva e, na verdade, comparar maçãs com laranjas. Nossa riqueza de experiência nos dá a criatividade, mas também nos torna vulneráveis ââa acumular preconceitos conscientes e inconscientes. Em contraste, sistemas de inteligência artificial hoje recebem a sua ‘formação’ usando coleções muito específicas de dados relevantes. Estes conjuntos de dados podem ser grandes, mas são muito mais limitados do que a experiência humana”, explica Schmidt.
O presidente da Alphabet ainda sugere que as máquinas sejam, de tempos em tempos, avaliadas, para que se saiba se elas estão fazendo o que foram designadas para fazer. “Estamos construindo ferramentas que os seres humanos controlem. A inteligência artificial irá refletir os valores de quem construí-la. No fim, a AI é a tecnologia, e tecnologia é apenas uma ferramenta. Cabe a nós usar essa ferramenta bem para aproveitar o seu poder, melhorar nossas vidas e as vidas das pessoas em todos os lugares”, finaliza.