Centenas de pessoas marcam protesto contra Mark Zuckerberg no Havaí

Equipe de Criação Olhar Digital27/01/2017 15h37

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Desde 2014, o presidente e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, vem sofrendo para administrar uma propriedade de 700 hectares comprada por ele no Havaí. O executivo chegou a processar vizinhos para manter controle sobre as terras e até construiu muros em paisagens naturais (saiba mais).

Aparentemente, a paciência da vizinhança havaiana está chegando ao fim. Cerca de 200 pessoas marcaram para o próximo final de semana um protesto diante da propriedade de Zuckerberg na ilha de Kauai. “As pessoas aqui estão furiosas com ele”, disse Joe Hart, o organizador da manifestação, em entrevista ao site Business Insider.

Segundo ele, os havaianos não estão apenas incomodados com os processos abertos por Zuckerberg, mas também pela forma como ele tomou controle de uma área que, durante anos, foi acessível à toda a comunidade. Hart conta que funcionários do bilionário estariam intimidando os vizinhos a se afastarem de praias públicas.

“Nós estávamos andando pela praia quando eles apareceram e nos disseram que aquilo era propriedade privada. Eu tenho andado por aqui desde que era criança”, disse Hart. O jornal local Honolulu Star Advertiser também relatou a história de um homem chamado Naoshi Grady que chegou a registrar um boletim de ocorrência após ser forçado a deixar uma estrada de terra por seguranças de Zuckerberg.

Richard Spacer, ativista e um dos vizinhos insatisfeitos com o bilionário, disse ao Business Insider que pouca coisa já foi construída no terreno de Zuckerberg além de um muro, que não há placas indicando onde a propriedade termina e que os seguranças do executivo são normalmente “agressivos, rudes e desrespeitosos”.

Na última terça-feira, 24, Zuckerberg chegou a declarar que estava “reconsiderando” alguns dos processos abertos contra os moradores locais e que poderia desistir de alguns deles. De acordo com o CEO, o objetivo dessas ações é identificar possíveis herdeiros de parte do terreno e certificar-se de que eles serão ressarcidos. Ainda assim, Hart diz que a marcha contra o bilionário está mantida para o próximo sábado, 28.