Imagine construir uma casa a partir de uma impressora 3D e transportá-la para o endereço que quiser. É assim que as casas serão no futuro. A evolução do mundo – para pior, em termos climáticos e ambientais – irá nos forçar a adotar a tecnologia que promete revolucionar a construção civil.
Segundo Behrokh Khoshnevis, professor de engenharia da Universidade do Sul da Califórnia e diretor do seu Centro para Tecnologias de Fabricação Automatizada Rápida (Craft, na sigla em inglês), teremos que começar a pensar nessa questão o quanto antes, uma vez que ela é a base das nossas necessidades.
A expectativa do engenheiro é de que o método de construção com impressoras 3D, chamado de “Countour Crafting”, crie uma forma de produzir imóveis residenciais por uma fração do custo atual. As moradias seriam finalizadas em um dia e isso reduziria o custo da construção em 30%.
O método já está sendo utilizado até mesmo pela Nasa (a agência espacial americana) para construir estruturas na Lua e, posteriormente, em Marte. Os locais são alternativas para os humanos, uma vez que o planeta Terra já não se encontra em seus melhores dias promete não apresentar as mesmas condições de moradia em algumas centenas de anos.
E não é apenas a Nasa que está interessada na tecnologia. O Google, pela divisão Alphabet, também mostrou entusiasmo com o projeto. Eric Schmidt, presidente-executivo da divisão, listou a construção com impressoras 3D em uma lista de “próximas ideias realmente interessantes”, ao se referir sobre ideias que mudarão radicalmente o futuro. “Podemos construí-las com materiais 100% recicláveis”, disse.
O fato das casas poderem ser transportadas explica-se pelo motivo de que diversos sites já encorajam o desenvolvimento de projetos para impressoras 3D, tais como o WikiHouse, Instructables e Thingiverse. Acredite, há até quem sugere que as casas poderão ser fundidas com drones.
“Nossa geração é cada vez mais nômade, criada com companhias aéreas de baixo custo e que trabalha com frequência em casa com notebooks, portanto fazer com que nossas casas voem será visto como normal no futuro, e assim como qualquer ave migratória, as fronteiras entre os países serão vistas como uma relíquia absurda do passado”, diz Arthur Mamou-Mani, diretor da Mamou-Mani Architects e da FabPubs, além de professor da Universidade de Westminster.