Um grupo de pesquisadores de instituições americanas desenvolveu um sensor comestível que pode ajudar a diagnosticar problemas de saúde assim que chega no estômago – e ainda transferir os dados para um smartphone. Segundo o artigo publicado na revista Science, o pequeno dispositivo, chamado IMBED, vem “equipado” com uma bactéria geneticamente modificada capaz de detectar a presença de moléculas que indicam defeitos no organismo.

O aparelho foi desenvolvido por cientistas do Instituto Massachusetts de Tecnologia, do Koch Institute for Integrative Cancer Reserach, de Harvard e do Brigham and Women’s Hospital. A estrutura consiste em uma cápsula que contém um biosensor (a própria bactéria), um fotômetro com um microprocessador, um transmissor sem fio e um conjunto de fototransistores. Tudo isso é movido por uma bateria de 5 mAh, com duração estimada de um mês e meio quando ativa.

O minúsculo dispositivo foi testado com porcos, que têm uma estrutura parecida com a dos seres humanos no sistema digestivo. No experimento, ele acabou usado para identificar com sucesso um excesso de sangramento gastrointestinal – mas o sensor pode “configurado” para detectar diferentes tipos de doenças e problemas de saúde.

Ao Popular Mechanics, Mark Mimee, estudante de PhD do MIT envolvido no projeto, explicou que o maior desafio foi “empacotar” os componentes vivos e os eletrônicos em um mesmo aparelho. O problema foi solucionado com a ajuda do laboratório de material do próprio instituto, que ajudou os pesquisadores a desenvolver uma proteção à prova d’água capaz de resistir à humidade interna de um porco.

O IMBED, porém, ainda não passa de um protótipo, mas os cientistas por trás do projeto esperam ter em mãos em breve uma versão para iniciar testes em seres humanos.

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