Vistos como uma revolução na mobilidade urbana por uns, e como um estorvo por outros, os patinetes elétricos vem dando o que falar. A concorrência no mercado é grande, bem como a reação dos legisladores, que sem saber como reagir tentam regulamentar ou mesmo banir os veículos. Parte da controvérsia é centrada na forma de uso: como e onde os usuários poderão circular com os patinetes, de forma a não colocar em risco os pedestres nos arrredores ou a si mesmos, além de não atrapalhar o trânsito.
Se os patinetes ‘tripulados’ já levantam tanta polêmica, imagine patinetes autônomos, capazes de circular sozinhos sem um humano a bordo? Estes veículos já existem e em breve estarão circulando entre nós. Segundo um artigo na CNN, várias empresas, entre operadoras e fabricantes dos patinetes, estão investindo na tecnologia.
Um dos principais motivos é o operacional. As operadoras necessitam de funcionários para levar os patinetes para estações de recarga, ou redistribuí-los para locais da cidade onde estão em maior demanda. Patinetes autônomos poderiam fazer isso sozinhos, reduzindo os custos com pessoal.
Segundo estudo realizado pela Uber, os custos com sensores e câmeras necessários para a automação, calculados em cerca de US$ 100 por veículo, são cobertos rapidamente pela redução nos custos de operação. Outro motivo é a comodidade. Em vez de andar até o patinete mais próximo, um passageiro poderia simplesmente esperar o veículo vir até ele.
Patinetes são mais leves, e lentos, do que carros, o que torna a tarefa de automatizá-los mais simples. Empresas como a norte-americana Tortoise já oferecem serviços de automação, seja com patinetes que são verdadeiramente autônomos ou com modelos que são controlados remotamente por um operador. E a Segway-Ninebot, uma das principais fabricantes de patinetes elétricos, anunciou recentemente um modelo autônomo chamado T60.
Segundo Matt Brezina, um ‘investidor anjo’ que já fundou startups relacionadas a patinetes, bicicletas e veículos autônomos, bicicletas e patinetes se movendo sozinhos serão uma parte normal da vida urbana em 10 anos. Mas no curto prazo ele prevê críticas, vandalismo e roubos.
‘Os próximos dois anos vão ser bem difíceis. Mas há alguns anos atrás não era comum sacar um telefone celular durante um jantar, e hoje todo mundo faz isso’. Um sinal de como as coisas mudam com o tempo.
Fonte: CNN