Grandes empresas possuem o hábito de receber novos funcionários com uma apresentação ou um roteiro explicando sua filosofia de trabalho. O Facebook também segue este procedimento, oferecendo um livro para cada novo contratado. Um ex-designer da empresa decidiu revelar um pouco do que diz esse livro.

Chamado de “O Pequeno Livro Vermelho do Facebook”, a obra foi impressa no próprio laboratório gráfico da empresa por volta de 2012. O título e a diagramação fazem referência ao “Pequeno Livro Vermelho” escrito por Mao Zedong, fundador do Partido Comunista da China, e uma das obras mais vendidas em todo o mundo sobre os princípios do socialismo.
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Na capa, o livro já esclarece de antemão: “O Facebook não foi criado originalmente para ser uma empresa”. Na primeira página, a ideia prossegue: “Ele foi construído para realizar uma missão social – tornar o mundo mais aberto e conectado”. A ideia é reafirmada diversas vezes ao longo do texto.

“Mudar como as pessoas se comunicam sempre irá mudar o mundo. Mudar como as ideias se espalham muda como a sociedade funciona, muda como as pessoas falam, muda como as pessoas vivem, muda como as pessoas contam histórias, muda como as pessoas se apaixonam, muda quem as pessoas consideram amigos, muda quem as pessoas consideram estranhos, muda o que significa estar sozinho”, diz ainda o livro.

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Um dos trechos mais interessantes é aquele em que a rede social toca no assunto “mídia”. De acordo com o livro, a empresa ou indivíduo que controla o meio de comunicação, também controla o conteúdo que trafega por ele. Sendo assim, a internet vai na contramão do que faz a TV e o rádio, dando espaço para todos os usuários agirem como receptores e emissores da mensagem.

Além disso, a empresa sugere aos funcionários que façam planos sempre em curto e longo prazo, considerando o que será feito apenas nos próximos 6 meses e o que a companhia deseja alcançar em 30 anos. “Não há motivo para se ter um plano de 5 anos nesta empresa”.

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Os engenheiros também são incentivados a produzir rapidamente novos recursos, porque “o mais rápido não só ganha a corrida, como também larga na frente na próxima”. “A internet não é um lugar amigável. As coisas que não continuam relevantes, sequer ganham o luxo de deixar ruínas. Elas desaparecem”, diz outro trecho do livro, alertando aos funcionários de que “se nós não criarmos aquilo que vai matar o Facebook, outros irão”.

A empresa também deixa claro que “grandeza e conforto raramente coexistem”, ilustrando a frase com a imagem de um homem deitado sobre uma poltrona com as pernas sobre uma caixa de papelão. Uma página dupla, com o fundo preto, destacada ainda: “as pessoas não usam o Facebook porque gostam da gente. Elas o usam porque gostam de seus amigos”.

Barry Ben, o ex-designer autor das imagens, publicou apenas algumas páginas do livro, ressaltando que o conteúdo completo só está disponível para funcionários do Facebook. Confira abaixo mais fotos e veja o restante clicando aqui (naturalmente, os textos estão em inglês).

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Via The Next Web