Brasileiros criam startup no Vale do Silício avaliada em US$2,6 bi

Com pouco mais de 20 anos, dupla de brasileiros tem participação de US$ 430 milhões cada um na empresa
Redação03/07/2019 21h34, atualizada em 03/07/2019 22h25

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Eles não completaram um único ano na Universidade de Stanford, na Califórnia, antes de criar uma startup que alcançaria um valor de mercado bilionário na Bolsa de Valores de Nova York. Henrique Dubugras, 23, e Pedro Franceschi, 22, largaram a faculdade em 2017 para criar no Vale do Silício a Brex, fintech (empresa de tecnologia financeira) norte-americana de cartões de crédito corporativos para startups.

Com seus 20 e poucos anos, os fundadores e altos executivos da Brex já acumulam uma experiência de veterano no Vale do Silício. Na sua última avaliação, a fintech alcançou US$ 2,6 bilhões em valor de mercado, tornando-se um unicórnio (como são chamadas as startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão).

O produto principal da Brex, os cartões corporativos, agradou o mercado norte-americano. Para conceder os cartões, a fintech se baseia nos investimentos e fluxo de caixas em tempo real das startups, em vez de olhar o histórico financeiro das empresas, como os bancos tradicionais fazem.

Reprodução

O modelo de negócio lançou Henrique e Pedro na lista dos empresários mais ricos – pelo menos no papel. Hoje, as participações deles na empresa valem cerca de US$ 430 milhões cada, de acordo com uma análise feita pelo EquityZen, um mercado de ações online de empresas de tecnologia que ainda não abriram seu capital.

A Brex tornou-se uma das empresas americanas que mais rapidamente atingiu uma avaliação multibilionária. Com essa marca, ela se junta a startups como a Uber e os unicórnios de patinetes elétricos Lime e Bird. Em 2017, a Brex ainda era avaliada em apenas US$ 25 milhões.

A ascensão da dupla é rápida mesmo para os padrões do Vale do Silício, onde largar Stanford para abrir uma startup já não é mais uma grande novidade. A história dos dois começou quando eles criaram juntos a plataforma de pagamentos Pagar.me, que chegou a ter 150 funcionários antes de ser vendida em 2016. Foi nesse mesmo ano que os dois então se matricularam em Stanford. Apenas um ano depois, a Brex se tornou realidade.

A empresa vem se expandindo para outros setores. Em fevereiro, lançou cartões de crédito para companhias de comércio eletrônico, negócio que hoje é responsável por cerca de um terço da receita da fintech.

No começo do mês passado, a startup anunciou a conclusão de uma rodada de investimentos que levantou mais US$ 100 milhões. A rodada foi liderada pelo fundo Kleiner Perkins Digital Growth Fund e teve a participação dos já investidores Y Combinator Continuity, GreenOaks Capital, IVP, Ribbit Capital e DST Global. Com o aporte, a Brex pretende ampliar seus produtos para empresas de ciências e aprimorar e expandir os serviços que já oferece, como ferramentas de controle de custos e um programa de recompensas.

Via: Bloomberg

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital