Antes de aparecer o Tsu e começar aquela confusão de bloqueio com o Facebook (relembre), noticiamos aqui no Olhar Digital o surgimento de outra rede social que promete remunerar os usuários de acordo com o conteúdo produzido. É a Gaption, que foi criada na Malásia e tem chamado bastante atenção entre brasileiros.

A sacada da Gaption é que o internauta não precisa mudar seu comportamento para ser remunerado, basta fazer tudo o que faria no Facebook. A diferença é que, à medida que seu conteúdo ajuda a gerar movimentação que resulta em clique em publicidade, a pessoa recebe uma porcentagem daquilo. Assim, quem conta com mais seguidores tem mais chances de remunerações altas, mas se uma pessoa com poucos amigos publicar algo que se tornar viral ela também pode ser bem recompensada.

Em entrevista ao Olhar Digital, o cofundador da rede Wallace Ho afirmou que mais de 50 mil pessoas se cadastraram desde julho, quando a Gaption foi lançada, e o Brasil está entre os cinco países com maior presença por lá. Consequentemente, é para os brasileiros que vai boa parte da remuneração.

Wallace explicou que as premiações são feitas levando em conta conteúdo bom, original e que gere engajamento, mas o usuário só pode resgatar o dinheiro, via PayPal, depois de acumular o equivalente a US$ 25 (ou R$ 94). “Temos um número de usuários do Brasil atingindo a marca de US$ 25 em um mês”, afirmou ele.

A empresa tem estratégias para conquistar mais gente do Brasil. Atualmente é possível acessar a rede pelo iPhone e na versão beta para desktops. Há mais de 30 mil pessoas numa fila aguardando pelo lançamento do app para Android, que será lançado entre janeiro e fevereiro de 2016. Nesta semana saiu a versão para iPad, e o Gaption espera que ela ajude a alavancar o uso em terras tupiniquins.

“Acreditamos que o lançamento do app para iPad permitirá que mais brasileiros prossigam com a sua paixão. Queremos trazer isso ao Brasil e planejamos traduzir o aplicativo para português num futuro próximo”, comentou o executivo. “Nós esperamos que a Gaption continue permitindo que mais pessoas no Brasil monetizem o que elas adoram fazer.”

O site tem uma tecnologia complicada que analisa o sucesso de cada post e de cada pessoa. Além da base de seguidores, os cálculos levam em conta a qualidade do conteúdo e o engajamento recebido. O resultado são alguns centavos por dia, mas isso pode variar para cima, dependendo do caso. Também há mecanismos para impedir que algum espertinho tente enganar a rede com spam ou atividade exageradamente alta.

O cofundador disse ao Olhar Digital que a rede não incentiva o uso apenas pelo dinheiro. A ideia é que as pessoas aproveitem as funcionalidades da rede normalmente. “Subsequentemente, o dinheiro vem como um produto secundário.” Para conhecer o site, clique aqui.