O Punch é um app que permite que os usuários mandem e recebam mensagens no estilo walkie-talkie diretamente da tela de bloqueio do iOS. O aplicativo usa os controles de música do dispositivo, o que permite a reprodução de áudio sem que o usuário precise desbloquear a tela e abrir o app em questão. A ideia é do brasileiro Alessandro Berio, desenvolvedor da rede social Thinkr.
Há um ano e meio, o brasileiro começou a trabalhar em apps de mensagens walkie-talkie. Segundo ele, o objetivo era eliminar o problema de mandar mensagens de texto enquanto dirige. A mãe do jovem sofreu um acidente causado por um adolescente que digitava enquanto dirigia.
“Um dia, quando eu estava na estrada, voltando de uma viagem e dirigindo, quando coloquei uma música no meu iPhone que estava ligado ao meu carro. A capa do álbum foi exibida no painel. Foi quando eu pensei que poderia ser possível utilizar as capas de álbuns para mostrar fotos que as pessoas enviam e usar os controles de música para escolher com quem você quer falar. Ao fazer isso, todos os sistemas do carro, que se conectam via Bluetooth, podem se tornar um walkie-talkie. Os fones de ouvido da Apple podem ser usados para falar, ao clicar no botão do microfone”, afirma.
O Punch funciona assim: clicando em Play, o usuário grava a mensagem de texto. Clicando novamente, ele a envia. O aplicativo também oferece um modo de direção, capaz de ler as mensagens de texto para o usuário, além da possibilidade de envio de fotos animadas, um recurso semelhante ao Live Photos, disponível nos novos iPhones.
Violando regras
Apesar de não usar APIs privadas, a versão beta do app parece violar as regras da Apple, já que usa os controles de música em um app, o que não é permitido pela fabricante. Questionado sobre o que fará quando seu aplicativo for bloqueado da App Store (o que provavelmente vai acontecer), Alessandro afirma que não vai desistir e que já trabalha em uma outra ideia, além de levantar a possibilidade de levar a ferramenta para o Android nos próximos meses.
“Não quero violar as regras, por si só, mas acho que a possibilidade que levantamos é inevitável e necessária. Podemos também pensar em outras plataformas para o projeto, mas ainda sou apaixonado pelo desenvolvimento no iOS”, explica.
Via TechCrunch