Brasileira vence desafio mundial com pesquisa sobre grafeno

Redação06/01/2017 13h57, atualizada em 06/01/2017 14h40

20170106124142

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A estudante brasileira Nadia Ayad foi a vencedora de um desafio mundial da empresa sueca Sandvik Comorant sobre pesquisas de grafeno. O projeto vencedor de Ayad tratava do uso da substância – uma estrutura de carbono – em dispositivos de filtragem e sistemas de dessalinização de água, para ajudar a garantir o acesso a água potável no futuro.

Um juri composto por dois pesquisadores da área e dois executivos da empresa avaliou os dez projetos finalistas e deu o prêmio à brasileira. Ayad conseguiu vencer o desafio mesmo sendo ainda estudante de graduação em engenharia de materiais no IME (Instituto Militar de Engenharia).

Histórico

Filha de pais de origem sudanesa, Ayad conseguiu uma bolsa pelo programa Ciência Sem Fronteiras, do governo federal, para estudar na Universidade de Manchester. A estudante ficou lá durante um ano, segundo o Estudar Fora, e estagiou no Imperial College London. Lá, ajudou a desenvolver um polímero capaz de substituir válvulas do coração. “Eles tem muitos recursos e muitas facilidades para fazer acontecer”, disse em entrevista ao site.

De volta ao Brasil, Ayad pretende concluir a graduação e já ingressar diretamente em um programa de Ph.D. de uma universidade estrangeira, sem passar pelo mestrado. Ela se candidatou em instituições como o MIT e a Universidade de Cambridge. Na pós-graduação, ela pretende estudar o uso de biomateriais para induzir células-tronco a formar estruturas como a das cartilagens.

Ciência no Brasil

Para a estudante, embora as instituições estrangeiras ofereçam mais oportunidades, o Brasil ainda tem diferenciais importantes. “A experiência no exterior mostra que dá para aprender com o que se faz lá fora e, ao mesmo tempo, entender o que fazemos de bom aqui”, diz.

Como uma de suas metas, Ayad pretende dar mais relevância aos objetos de seu estudo no Brasil, onde as pesquisas com grafeno e nanotecnologia ainda não estão tão desenvolvidas quanto no exterior. “Quero que, no futuro, as pessoas não precisem ir para fora para ter acesso a pesquisa de ponta”.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital