A Uber não esconde a vontade de implementar uma frota de táxis voadores, e agora o Brasil faz parte direta dos planos da empresa. Conforme anunciado nesta quinta-feira, 30, o país se tornou um dos cinco finalistas com chances de receber os testes da tecnologia de transporte aéreo.

Os outros quatro finalistas são Japão, Índia, Austrália e França. A justificativa da Uber para incluir o Brasil nessa lista é que a cidade do Rio de Janeiro e o estado de São Paulo são lugares com grandes frotas de helicóptero e também grandes pólos da Uber no mundo. Para completar, SP também concentra a principal operação da Embraer no planeta.

O Uber Air, como é chamada a modalidade de serviço, já tem duas cidades definidas para testes nos EUA: Dallas e Los Angeles. No entanto, a empresa também procura uma cidade fora dos EUA para realizar seus experimentos, e é aí que o Brasil pode se encaixar.

A tecnologia usada no Uber Air é a de veículos elétricos com capacidade de VTOL, sigla em inglês para “decolagem e aterrissagem vertical”.  Na prática, não é diferente de um drone, com a diferença que ele é grande o suficiente para receber ocupantes e transportá-los em segurança.

Para escolher a próxima cidade para testes, a Uber observará três critérios, descritos pela própria empresa:

  1. Tamanho do mercado – Estamos à procura de lugares grandes, policêntricos, com uma forte e existente necessidade de soluções de transporte inovadoras e com uma população metropolitana de mais de 1 milhão de pessoas;
  2. Compromisso local – A Uber trabalhará com governos locais, estaduais e federais desde o princípio, além dos representantes das comunidades em que pretendemos operar – representantes do setor imobiliário, planejadores urbanos, conselhos consultivos dos municípios, além das próprias associações de bairro.
  3. Condições de operação – O Uber Air depende de uma estrutura multimodal, baseado em uma operação eficiente e integrada à rede atual de parceiros da Uber.

A expectativa da empresa é que os primeiros voos nas três cidades de teste comecem a acontecer em 2020, ainda em caráter demonstrativo. O início da operação comercial está previsto para 2023.