Nem um quarto dos municípios brasileiros conta com internet 4G, mas o setor de telecomunicações do país já começou a trabalhar pela implantação do 5G.

No último dia 15, vários representantes da área se reuniram para lançar o Projeto 5G Brasil, cujo objetivo é fomentar o desenvolvimento de um ecossistema propício para a quinta geração da internet móvel e a participação do país em discussões internacionais sobre o tema.

Estão nessa empreitada representantes da indústria e das prestadoras de serviços de telecomunicações, do governo federal, da Anatel, da academia e de centros de desenvolvimento tecnológico.

“A iniciativa complementa as ações em curso pelo governo federal para o fomento ao desenvolvimento da tecnologia 5G, dentre elas o financiamento a projetos de pesquisa e desenvolvimento, a participação em fóruns de padronização e a cooperação internacional, trazendo a importante interlocução do setor privado por meio das entidades representadas pela associação”, disse na ocasião o ministro Gilberto Kassab, que comanda a pasta de Ciência e Tecnologia, Inovação e Comunicações.

“Agora, estamos tendo a oportunidade de o setor trabalhar junto com a academia, com os fabricantes. Temos um trabalho de antecipação à entrada do 5G no Brasil”, completou o secretário de Política de Informática do ministério, Maximiliano Martinhão. “O 5G impulsiona a Internet das Coisas, vai impulsionar a tecnologia dos smartphones, a conectividade dos automóveis. Enfim, vai surgir um monte de coisas bacanas.”

Os brasileiros só poderão conferir resultados desse trabalho daqui a anos, porque a própria Anatel já avisou que os leilões das licitações que permitirão explorar a tecnologia no Brasil devem ocorrer apenas depois de 2020.

Até lá, o setor tem demandas mais urgentes para tratar. O 3G, que é a geração passada da internet móvel, ainda não está presente em mais de 11% dos municípios brasileiros, enquanto o 4G se faz ausente em quase 80% das nossas cidades.