A Boeing comunicou nesta sexta-feira (25) que vai atender às recomendações de segurança levantadas por investigadores da Indonésia sobre a aeronave 737 Max como forma de cautela e para assegurar que não haja mais acidentes com o modelo no futuro. A promessa fez parte da resposta da empresa sobre a queda do avião da Lion Air no ano passado. 

Os investigadores criticaram o design do Max e a falta de supervisão regulatória da Administração Federal de Aviação dos EUA, assim como os erros das tripulações de voo. A agência planeja divulgar o relatório do acidente ainda nesta sexta, aproximadamente um ano após a queda que matou todos as 189 pessoas a bordo do voo da Lion Air. 

Foram encontradas diversas falhas no modelo da aeronave. Um resumo do relatório foi apresentado à CNN no início desta semana. P documento critica as suposições feitas sobre como os pilotos reagiriam a falhas do Sistema de Aumento de Características de Manobra (MCAS). Segundo os investigadores, o MCAS abaixa o nariz quando recebe a informação de que o avião está voando muito íngreme ou devagar e corre o risco de parar. O sistema era vulnerável porque contava com apenas um sensor de ângulo de ataque (AOA). 

Os investigadores também disseram que um voo anterior ao do acidente sofreu problemas semelhantes durante o percurso, mas conseguiu desativar a tempo o sistema MCAS e chegou ao destino em segurança. No entanto, a equipe do voo não relatou todas as dificuldades que tiveram para a equipe de manutenção da aeronave.

O mesmo sensor, que havia sofrido problemas em voos anteriores, foi substituído. No entanto, as equipes de manutenção não conseguiram detectar a falha porque um dos recursos de segurança do avião, o alerta de Discordância da AOA, não foi “corretamente ativado durante o desenvolvimento do Boeing 737 8 Max”. 

A Boeing reconheceu o erro e admitiu que o recurso, que deveria ser uma configuração padrão, foi ativado apenas paras as companhias aéreas que adquiriram uma atualização opcional. A empresa comprometeu-se a corrigir o problema.