O serviço de atendimento online ao consumidor Reclame Aqui registrou 4.850 reclamações de compradores desde o início da Black Friday 2020. O evento de grandes ofertas de varejo ocorre anualmente na última sexta-feira de novembro, com o monitoramento da entidade para este ano começando ao meio dia de quarta-feira (25), até as 6h desta sexta-feira (27).
Segundo o Reclame Aqui, a madrugada de hoje foi tranquila, apesar do aumento de 45% nos relatos negativos de consumidores em relação ao mesmo período em 2019. A plataforma tem registrado, por hora, 115 reclamações em 2020. Neste ano, porém, os consumidores aproveitariam outros horários para compras, como a tarde de quinta-feira (26), em vez de aguardar pela sexta-feira, especificamente.
Black Friday chegou, e o monitoramento continuado do Reclame Aqui já registrou quase 5 mil reclamações em um período aproximado de 12 horas. Rovena Rosa/Agência Brasil
“O monitoramento feito pelo Reclame Aqui durante as primeiras horas de Black Friday mostra que os consumidores estão se programando para comprar na data. A promoção está sendo menos uma oportunidade de comprar o produto dos sonhos e mais uma data para a qual as pessoas se programam para comprar produtos que precisam”, diz trecho do texto publicado na plataforma.
Foram listadas as lojas que encabeçam o ranking de reclamações, figurando nomes bem conhecidos na lista: o marketplace das Lojas Americanas, a varejista online Kabum e a Magazine Luiza ficaram, respectivamente, em primeiro, segundo e terceiro lugares. Casas Bahia (4º) e Submarino (5º) vêm em seguida, com nomes como Renner (7º), Riachuelo (9º) e Mercado Livre (10º) também dando as caras.
Rankings das lojas com maiores reclamações da Black Friday de 2020 trazem nomes bastante conhecidos pelo público, segundo levantamento do Reclame Aqui. Imagem: Reclame Aqui/Divulgação
Os cinco problemas mais relatados foram: propaganda enganosa (28,17%), produtos não recebidos (9,89%), dificuldades na finalização de compra (8,54%), valores divergentes entre promoção e aquisição (7,25%) e indisponibilidade de produtos anunciados (4,97%).
Em anos anteriores, a propaganda enganosa também foi líder de reclamações na Black Friday – uma das diversas razões que levou à criação do termo “Black Fraude”, onde empresas anunciavam ofertas muito atraentes, mas escondiam condições específicas de compra ou dobravam o preço do produto antes da Black Friday, apenas para cortá-lo na metade quando o dia de oferta chegasse, criando um falso desconto (“tudo pela metade do dobro”, como a internet começou a se referir ao ato).
Já no que tange aos itens que trouxeram mais reclamações, smartphones e componentes eletrônicos empataram na liderança do ranking (4,43%), com tênis (4,37%), televisores (4,06%) e cartões de crédito (3,75%) ocupando as outras posições.
Componentes eletrônicos e celulares vem sendo os produtos que mais causam dor de cabeça até o momento, segundo o Reclame Aqui. Imagem: Reclame Aqui/Divulgação
Lembrando que a Black Friday ainda segue nesta sexta. Algumas lojas podem ainda estender suas promoções e ofertas pelo fim de semana ou então casar períodos promocionais, já que algumas marcas também adotaram o conceito de “Cyber Monday”, ou seja, as sobras de ofertas da Black Friday que voltam a ser disponibilizadas online como queima de estoque.
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Fonte: Reclame Aqui